08/06/2017

ARRANQUE DA CAMPANHA DE EDUCAÇÃO CÍVICA ELEITORAL CNE


ARRANQUE DA CAMPANHA DE EDUCAÇÃO CÍVICA ELEITORAL CNE
Lobito, 08.06.2017

Arrancou hoje a nível de todo o território nacional, a campanha de educação cívica eleitoral a levar a cabo pela CNE.

Cumpre-se assim mais um pressuposto legal onde a sociedade civil tem um papel importante. A OMUNGA reconhece tal importância mas continua a considerar que a mesma começa tardiamente já que uma das mais importantes fases do processo eleitoral, o registo eleitoral, não foi acompanhado pela educação cívica, tendo sido deixado este trabalho essencialmente para os partidos políticos e as igrejas.

Em relação à actividade de hoje, a OMUNGA emitiu uma Nota de Imprensa que pode ler aqui o seu teor:

Lobito, 08 de Junho de 2017

NOTA DE IMPRENSA
ARRANQUE DA CAMPANHA DE EDUCAÇÃO CÍVICA ELEITORAL CNE

Hoje, 8 de Junho, teve o arranque a nível do país, da campanha de educação cívica eleitoral pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE).

A nível de Benguela, o Presidente da Comissão Provincial Eleitoral, realçou o papel da sociedade civil neste processo, reconhecendo a sua autonomia.

A Associação OMUNGA, congratula-se com esta abertura que respeita os pressupostos legais de participação dos cidadãos nos processos de construção da democracia.

Ao mesmo tempo, aproveita a oportunidade para publicamente expressar que foi com bastante agrado que recebeu a informação de que a CNE constituiu uma comissão que deverá definir os termos de referência para a contratação da empresa que deverá auditar o Ficheiro Informático dos Cidadãos Maiores (FICM). Acreditamos que este passo legal transmite mais confiança ao processo.

No entanto, a OMUNGA continua bastante preocupada com o facto da CNE ainda não ter tomado nenhuma atitude pró-activa no que concerne à revisão do processo de selecção e de contratação da INDRA e da SINFIC para a produção do mapeamento das assembleias de voto, a elaboração dos cadernos eleitorais, o credenciamento dos agentes eleitorais, fornecimento do material de votação e da solução tecnológica para o escrutínio. Tal facto pode perigar grandemente a credibilidade de todo o processo. A OMUNGA apela à CNE para que reveja urgentemente tal situação.

Por outro lado, continuam a registar-se um pouco por todo o território nacional, episódios que mancham o processo de construção da paz, baseados na intolerância política.

A OMUNGA, acredita que entre os agentes eleitorais que devem ter um papel preponderante no processo de pacificação e de combate à intolerância política, são os governadores provinciais que por sua vez devem incentivar os administradores municipais a terem uma maior intervenção nesta matéria facilitando com que todos os partidos políticos possam ter acesso e desenvolver as suas actividades, em todo o território nacional, sem serem alvo de ameaças, de agressões ou de qualquer outro tipo de impedimento.


José António Martins Patrocínio


Director Executivo

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