31/03/2017

OKUPAPALA DESENVOLVE OFICINAS DE RAP COM ADOLESCENTES E JOVENS NAS COMUNIDADES


OKUPAPALA DESENVOLVE OFICINAS DE RAP COM ADOLESCENTES E JOVENS NAS COMUNIDADES
Lobito, 31-03-3017

A OMUNGA está a desenvolver oficinas de Rap dirigidas a crianças de algumas escolas primárias públicas e a adolescentes e jovens das comunidades onde estas escolas estão inseridas.

Estas oficinas são desenvolvidas dentro de um pacote de uma série de outras oficinas das quais realçamos a de capoeira e de técnicas de jornalismo e de vídeo reportagem. Têm como objectivo de desenvolver práticas de cidadania utilizando habilidades e aptidões específicas e ter essas acções como estratégia de desenvolvimento das comunidades.

Acompanhem então a entrevista feita ao animar da oficina, Cândido Toca.


30/03/2017

ELEIÇÕES LIVRES JÁ! MENSAGEM DE PAZ DA UNITA DO CAIMBAMBO PARA AS ELEIÇÕES


ELEIÇÕES LIVRES JÁ! MENSAGEM DE PAZ DA UNITA DO CAIMBAMBO PARA AS ELEIÇÕES
Lobito, 30-03-2017

O processo eleitoral 2017 já está em curso e começa a andar a passos largos. Para isso, a OMUNGA esteve no município do Caimbambo de 20 a 23 de Março para avaliar a actual situação do ambiente político no que se refere à tolerância política.

Por isso ouviu Florença Kapita, secretária municipal da UNITA que deixou uma mensagem para as eleições de 2017.

Nunca tivemos liberdade desde a era colonial. Angola nunca conheceu uma vida melhor. Assim apelo a todos cidadãos angolanos e em particular aqui no Caimbambo para votarmos em massa para mudarmos o circulo da vida. Nova vida, novo rumo. Vamos deixar o sofrimento. Votarmos para podermos ultrapassar todas as situações que estamos a atravessar agora. É preciso paz e tolerância.” 

ELEIÇÕES LIVRES JÁ! MENSAGEM DE PAZ DO BD DO CAIMBAMBO PARA AS ELEIÇÕES 2017


ELEIÇÕES LIVRES JÁ! MENSAGEM DE PAZ DO BD DO CAIMBAMBO PARA AS ELEIÇÕES 2017
Lobito, 30-03-2017

A OMUNGA esteve no Caimbambo de 20 a 23 de Março a auscultar as diferentes entidades sobre o ambiente que se vive neste momento naquele município, em relação à tolerância política e eleições 2017.

Conversou com Estevão Agostinho, representante do BD naquele município que enviou a sua mensagem de paz para as eleições 2017.

Principalmente para os governantes, líderes de municípios, líderes dos partidos políticos, eles deviam ser pessoas exemplares. Aqueles que não olham como o seu oponente como pessoa diferente. Eles deviam tratar como irmão. Nós estamos no mesmo barco e a ideia é levar este barco num futuro bem melhor onde todo o mundo tem direito de usufruir, tem direito de fazer o que quiser com a vida dele desde que ele não venha a prejudicar o outro. Os líderes deviam ser mais democratas, mais pacíficos. Aqueles que olham para o futuro de Angola e não para o futuro do partido. Se juntos a gente encarregar-se de fazer isso, creio que teremos um país lindo, um país sem problemas, sem feridas. É isso que se quer.

Para a sociedade em geral é sair pelo menos daquele medo, dizer – ah não, vai acontecer isso, vai acontecer aquilo. Isso já passou, todo o mundo luta por um país melhor, luta para o filho ter um estudo melhor, luta para ser doutor, então creio que as pessoas deviam pensar neste futuro de construir a pátria como uma só.

MULHERES DO 16 DE JUNHO PARTICIPAM NO ACTO DO DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Maria do Céu, Directora Provincial do MINFAMU
MULHERES DO 16 DE JUNHO PARTICIPAM NO ACTO DO DIA INTERNACIONAL DA MULHER
Lobito, 30-03-2017

Março é conhecido como o “Mês da Mulher”, devido à comemoração a 8 deste mês, do dia internacional da mulher.

Infelizmente em Angola a desigualdade entre géneros é um facto alarmante e tem sido acompanhada por um crescente aumento da violência doméstica. A polémica discussão sobre a criminalização do abordo é um bom reflexo da grave situação.

A OMUNGA tem tentado trabalhar junto das comunidades de forma a promover a particiação feminina nas decisões da comunidade e no desenvolvimento de actividades que proporcionem a auto-estima e o papel de liderança.

Uma dessas formas de intervenção é a de proporcionar a inclusão de mulheres das comunidades em actividades de intercâmbio com outras mulheres de outras comunidades e de outros estratos sociais, para além de estabelecer os contactos entre estas e as instituições vocacionadas para as questões de género.

Foi assim que apoiou um grupo de 15 jovens da comunidade do 16 de Junho a participarem no acto central provincial do Dia Internacional da Mulher que se realizou no município do Cubal.

O acto contou com a presença do Administrador Municipal do Cubal, Alberto Carlos Guardado,  e da directora provincial do Ministério da Família e da Promoção da Mulher, Maria do Céu.        

Na altura foram entrevistadas algumas das mulheres participantes e da coordenadora do projecto Ekwatisso da OMUNGA, Nilza Sebastião.


28/03/2017

ÁFRICA CONTRA XENOFOBIA

(foto obtida atravez do google)
ÁFRICA CONTRA XENOFOBIA
Lobito, 28-03-2017

A 9 de Março do corrente ano, 55 organizações de Direitos Humanos africanas ou a trabalhar em África, endereçaram uma petição dirigida à Presidente da Comissão Africana, Sra. Faith Pansy Tlakula a solicitar a sua intervenção em relação aos recorrentes ataques xenofóbicos contra cidadãos não-nacionais na África do Sul.

Lembraram que em vezes passadas já tiveram recorrido à Comissão Africana por situações semelhantes, para pressionar o governo sul-africano a pôr fim a este tipo de ataques.

Demonstram a sua elevada preocupação com a ausência de respostas apropriadas e práticas, incluindo a falta de intervenções sérias, a resposta política deficiente e a acção inadequada do governo da  África do Sul para impedir a recorrência destes ataques.

Reclamam pelas respostas limitadas do sistema de justiça criminal para lidar com a prisão e o julgamento dos perpetradores.

Acreditam que o governo da África do Sul deve empreender medidas práticas e políticas para abordar as causas profundas destes ataques, incluindo o cumprimento das suas obrigações constitucionais, socioeconómicas e de direitos humanos do país.


As associações angolanas MBAKITA e OMUNGA subscreveram a referida petição.



27/03/2017

ELEIÇÕES LIVRES JÁ!: NÓS TODOS SOMOS IRMÃOS E O QUE ESTÁ EM CAUSA É ANGOLA - CASA-CE DO CAIMBAMBO


ELEIÇÕES LIVRES JÁ!: NÓS TODOS SOMOS IRMÃOS E O QUE ESTÁ EM CAUSA É ANGOLA - CASA-CE DO CAIMBAMBO
Lobito, 27-03-2017

Fonseca Chaves, Secretário municipal da CASA-CE no Caimbambo também foi ouvido por ELEIÇÕES LIVRES JÁ! e desejou “que haja harmonia entre as pessoas e especialmente para Angola, este ano que haverá eleições, que haja eleições livres, justas e transparentes e que as populações sejam mais participativas e que não haja este problema de intolerância.”

Ainda reflectiu que não devemos considerar que “o fulano é do sítio X, nós todos somos irmãos e o que está em causa é Angola.”


ELEIÇÕES LIVRES JÁ!: EMBAIXADOR DA SUÉCIA DEIXA MENSAGEM DE PAZ PARA AS ELEIÇÕES DE 2017

Embaixador Lennart Killander Larsson
ELEIÇÕES LIVRES JÁ!: EMBAIXADOR DA SUÉCIA DEIXA MENSAGEM DE PAZ PARA AS ELEIÇÕES DE 2017
Lobito, 27-03-2017

O embaixador da Suécia, Lennart Killander Larsson, aquando da sua visita a Benguela a 23 de Março, deixou uma mensagem de paz para o povo angolano, durante o processo eleitoral de 2017.

De acordo ao embaixador, “todos temos direito para fazer parte das eleições e que a sociedade civil junto com o governo e com a academia e todo o mundo está ajudando para fazer este país que é um país fantástico.”

Adiantou ainda que “como sempre todos os países têm sempre possibilidades de melhorar e um passo na democracia é também as eleições. Por isso espero que essas eleições sejam em nome da Paz e que todo o mundo possa votar como gostaria de votar.”


22/03/2017

ELEIÇÔES LIVRES JÁ! ESTEVE NO HUAMBO: Não podemos só falar na rua ‘não o presidente X não está bom’, por isso é que existe o voto


ELEIÇÔES LIVRES JÁ! ESTEVE NO HUAMBO: Não podemos só falar na rua ‘não o presidente X não está bom’, por isso é que existe o voto
Lobito, 22-03-2017

O projecto ELEIÇÕES LIVRES, JÁ! esteve no Huambo e saíu às ruas para ouvir a opinião dos cidadãos sobre as eleições e nosso processo de 2017.

Para a jovem Luísa Fernandes, “eleições é um determinado período onde um indivíduo vai escolher qual é o seu partido de preferência, ou seja, o partido que vai levar avante o nosso país.”


Já o Fernando Simapi disse que “eleições é um dado momento em que cada um pensa naquilo que ele pretende para o seu bem e o do país.”

Por outro lado Jacinta Silas considera que ato de voto “é para votar num partido melhor.”


Luísa Fernandes afirma que é “neste período [se escolhe] qual será o presidente que vai levar avante o nosso país. Não podemos só falar na rua ‘não o presidente X não está bom’, por isso é que existe o voto. Informa também que para votar é preciso ser cidadão angolano, a partir dos 18 anos e com cartão de eleitor actualizado.

17/03/2017

OFICINAS DE JORNALISMO NAS ESCOLAS PÚBLICAS SÃO AVALIADAS PELOS MONITORES

OFICINAS DE JORNALISMO NAS ESCOLAS PÚBLICAS SÃO AVALIADAS PELOS MONITORES
Lobito, 17-03-2017

OKUPAPALA é uma palavra Umbundu que significa em português “brincadeira”, “brincar”. Esta é a intenção da OMUNGA que através desta forma de intervir, pretende desenvolver e promover a cidadania através da cultura.

Algumas das acções prendem-se com oficinas em escolas primárias públicas, nomeadamente da Zona 3 e do Bairro 27 de Março, no Lobito. Através destas oficinas, as crianças, e não só, podem desenvolver diferentes habilidades que vão desde a capoeira, música, poesia, teatro e jornalismo.

A oficina de jornalismo é desenvolvida por jovens monitores que também estão a receber formação nesta área, dentro da intervenção da OMUNGA: É a estratégia de replicar o aprendizado.

Para além de se pretender desenvolver conhecimentos em torno do jornalismo e de vídeo-reportagem, deseja-se desenvolver valores de cidadania como o trabalho em equipa, a responsabilização, a planificação e prestação de contas em conjunto, processos de eleição e por aí vai.

Os alunos são assim responsáveis por pesquisar, usando o espaço da OMUNGA ou durante visitas à Mediateca em Benguela, fazer a cobertura das actividades que envolvem as crianças das escolas, mas também efectuar reportagens sobre temáticas da sua escolha ou sugestão. Devem assim produzir os jornais murais das suas escolas e fazer regularmente apresentações junto das demais crianças das suas escolas como dos encarregados de educação e dos professores. Para isso devem também aprender bases do uso de alguns programas de informática que lhes facilite esse trabalho. As escolas deverão ainda dinamizar as suas páginas da internet, através do facebook, onde deverão divulgar as suas notícias e estabelecer os contactos e intercâmbios com outras escolas.

A OMUNGA decidiu ouvir durante esta fase de arranque do projecto que é apoiado pela embaixada do Canadá e do NED, dois dos monitores destas oficinas, nomeadamente Prata Kumi e Donaldo Sousa (voluntários).


URGENTE: A SAÚDE ESTÁ DOENTE

URGENTE: A SAÚDE ESTÁ DOENTE
Lobito, 17-03-2017

O estado de saúde a nível do município do Lobito continua deveras preocupante. Principalmente no que se refere às comunidades mais pobres e desfavorecidas. Nos hospitais públicos tudo é necessário pagar-se, consultas e análises. Por outro lado não possuem nem medicamentos nem equipamento básico quer para cirurgias ou para os curativos.

Em 2015 a OMUNGA acompanhou o registo de 48 óbitos ao nível das comunidades de moradores de rua localizados na zona urbana da cidade do Lobito. Uma elevada taxa de mortalidade tomando em conta o tamanho desta população.

Foi assim que tentou negociar com a direcção municipal da saúde no sentido de, por questões específicas destas comunidades, de que pessoal da saúde pudesse fazer uma ronda pelas ruas de forma regular de forma a ter-se um levantamento dos casos de doença e seu encaminhamento e acompanhamento mas também de aconselhamento.

Não havendo essa possibilidade, a saúde disponibilizou a possibilidade dos membros destas comunidades, desde que acompanhados por informação da OMUNGA, passassem a fazer as consultas, análises e demais exames a nível do Hospital municipal e da maternidade, sem qualquer encargo financeiro.

Este passo já resultou numa quebra de registos de mortalidade em 2016 de apenas 6 casos.

Infelizmente, a situação não tem vindo a facilitar uma vez que estes centros de saúde não possuem normalmente nem medicamentos e nem outros equipamentos quer para atendimento de doenças, como para casos mais graves que necessitam de intervenção cirúrgica.

A OMUNGA decidiu então, como o apoio da Christian Aid, começar a apoiar em medicamentos e outro material sanitário, nos casos mais graves, especialmente os que exigem cirurgias. Os medicamentos são entregues mediante as receitas medicas, com termos de entrega em que quer o doente como os funcionários hospitalares testemunha a entrega. Isto tem facilitado com que os doentes consigam terminar os seus tratamentos e por outro lado já tem havido uma maior participação dos centros hospitalares com medicamentos também.

No entanto, a situação de tuberculose tem vindo a agravar e estranhamente, os doentes queixam-se que são obrigados a comprar os medicamentos já que não são disponibilizados nos centros especializados.

Este é o caso de Augusto Lukembe, morador de rua que sofre de tuberculose. Perante estes casos, a OMUNGA decidiu, para além do apoio com medicamentos, iniciar o apoio com alimentos básicos. Nesta conformidade e cientes da impossibilidade a nível local de haver uma solução para este grave problema, a OMUNGA endereça uma carta ao Ministro da Saúde e ao Represente do PNUD em Angola para que expliquem tal situação e tragam imediata solução.

Por outro lado, e enquanto vivemos este estado de emergência, a OMUNGA apela à solidariedade de todos para que possam fazer os seus donativos nos nossos escritórios localizados no Bairro da Luz, Rua da Bolama, casa nº 4 ou podem contactar pelos terminais +244 272 221 535/913 641 941/925 690 207 ou ainda pelo email zpatrocinio@omunga.org.


OKUPAPALA: CRIANÇAS DE ESCOLAS PÚBLICAS APRENDEM A RESPEITAR O MEIO AMBIENTE

Durante a visita aos viveiros do aviário Sta. Filomena em Benguela

OKUPAPALA: CRIANÇAS DE ESCOLAS PÚBLICAS APRENDEM A RESPEITAR O MEIO AMBIENTE
Lobito, 17-03-2017

Dentro do projecto OKUPAPALA e financiado pela embaixada do Canadá, crianças das escolas primárias públicas da Zona 3 e do 27 de Março estão envolvidas em actividades de reconhecimento de cidadania através de aprendizado sobre o meio ambiente e a influências dos nossos hábitos na qualidade de vida.

É assim que a 24 de Fevereiro de 2017, as crianças, acompanhadas por uma professora e pelos activistas da OMUNGA, visitaram os viveiros do aviário Sta. Filomena, localizados em Benguela, junto ao rio Cavaco.

Durante a visita, receberam informações diversas sobre as plantas, a sua importância e utilidade e também falaram possibilidade de se produzirem plantas sem produtos químicos.



Já a 4 de Março de 2017, crianças da escola do 27 de Março, visitaram o atelier “Era Uma Vez”, localizado também em Benguela.

Durante a visita, as crianças puderam ter contacto com diferentes objectos produzidos a partir da reutilização, ou seja, usando materiais que deixaram de ter interesse, poderem-se fazer coisas novas e engraçadas. Aprenderam a olhar de forma diferente para o “lixo”.





15/03/2017

ELEIÇÕES LIVRES JÁ! MULHERES DO CASSAI MANDAM AVISO AOS POLÍTICOS

Moradora do bairro do Cassai avisa os políticos

ELEIÇÕES LIVRES JÁ! MULHERES DO CASSAI MANDAM AVISO AOS POLÍTICOS
Lobito, 15-03-2017

Os repórteres comunitários do Cassai que estão a acompanhar o processo eleitoral 2017, sob o lema ELEIÇÕES IVRES JÁ! Ouviram algumas mulheres daquela comunidade.

As mulheres avisam os políticos:
“Não ando a entender quase nada, porque do primeiro tempo antrepassado, nós já votámos aqui na escola da Cangamba....
.... água é preciso pago.... aqui é preciso com dinheiro, até quando?

O conselho que estou a entregar, o que eu quero é que, se o governo gosta de nós própria mesmo, para chegar até aqui no bairro do Cassai”


ELEIÇÕES LIVRES JÁ! OS VOTOS DE PAZ DAS MULHERES DO CUBAL

Miss Cubal enquanto enviava a mensagem de paz em relação ao processo eleitoral 2017

ELEIÇÕES LIVRES JÁ! OS VOTOS DE PAZ DAS MULHERES DO CUBAL
Lobito, 15-03-2017

Já está em curso o processo eleitoral de 2017. Nesta conformidade, de maneiras a que as eleições sejam livres e justas, é necessário haver um clima de paz, de tranquilidade e de tolerância.

Foi assim que os repórteres comunitários formados pela OMUNGA, estiveram no Cubal e ouviram as mensagens de mulheres.


12/03/2017

O MEIO AMBIENTE: ENFOQUE DO OKUPAPALA

O MEIO AMBIENTE: ENFOQUE DO OKUPAPALA
Lobito, 12-03-2017

A abordagem sobre o meio ambiente começa a ser cada vez mais urgente e prioritária. É assim que o OKUPAPALA, uma das áreas de intervenção cultural da Associação OMUNGA tem vindo a trazer às comunidades esta temática.

Desta vez, iniciou oficinas de reciclagem com alunos de escolas primárias públicas do bairro 27 de Março e da Zona 3, no Lobito, com o propósito de promover a reflexão nas crianças.



Estas oficinas consistem, actualmente, em visitas ao Atelier “Era Uma Vez”, da Edna Kioka, em Benguela, com grupos de crianças das diferentes escolas. Nestas visitas, as crianças podem tomar contacto, muitas pela primeira vez, com trabalhos feitos a partir do “lixo” e ao mesmo tempo receber informações diversas sobre reciclagem e reutilização.



A primeira visita foi efectuada a 2 de Março de 2017, com 17 crianças da escola do Bº 27 de Março, zona alta da cidade do Lobito, das quais 9 eram meninas. O grupo foi acompanhado por um representante da comissão de moradores da comunidade do 16 de Junho (Bº 27 de Março) e por activistas da OMUNGA.

Estas actividades estão a ser financiadas pela embaixada do Canadá.

09/03/2017

SOCIEDADE CIVIL VISITA KALUPETEKA EM BENGUELA

Imagem obtida na internet porque não foi permitida a tomada de fotos na penitenciária

SOCIEDADE CIVIL VISITA KALUPETEKA EM BENGUELA
Lobito, 09-03-2017

A vinte e três de Fevereiro de 2017, as organizações AJS, OHI, Omunga e o movimento revolucionário de Benguela, deslocaram-se à Penitenciária de Benguela onde realizaram uma visita ao senhor José Julino Kalupeteka.

Foram recebidos por uma delegação composta por altos funcionários daquela instituição incluindo o senhor António Adriano, Director Geral dos serviços prisionais de Benguela.

Depois da reunião com os funcionários dos serviços prisionais, tiveram a oportunidade de conversarem com o recluso, o objectivo da visita.

O senhor Kalupeteka explicou que depois do julgamento e condenação no Huambo, foi transferido para os serviços prisionais de Luanda, onde ficou por vinte e sete dias na cadeia de Viana, e posteriormente foi transferido para a cadeia de Kakila, onde permaneceu por lá durante seis meses.  O mesmo explicou que devido aos seus problemas de saúde (Gastrite aguda), o recluso conversou com os responsáveis chefes das cadeias, tanto a de Luanda quanto a de Kakila, solicitando que recebesse a sua alimentação a partir da sua família em tempo e hora, pois não podia ficar por muito tempo sem se alimentar, solicitação que foi concedida sem rodeios.

Atendendo ainda às dificuldades em adaptar-se ao clima quente, o recluso, também solicitou a sua transferência para outra cadeia penitenciária que se situasse em localidade com um clima favorável à sua saúde. Estranhamente foi transferido para os serviços prisionais de Benguela, algo que, segundo o recluso, não entendeu já que Benguela tem também um clima quente, ao contrário do Huambo ou Bié.



Entrevista a Kumi Prata, um dos membros do movimento revolucionário que visitaram Kalupeteka

Lamentações
Quando chegou a Benguela, apresentou o seu problema de saúde aos chefes dos serviços prisionais, e foi admitido que recebesse três refeições ao dia, conforme a orientação médica.

O recluso afirmou ter uma boa relação com o seu reeducador, o senhor Intendente Nelson Vasco, mas tem enfrentado uma grande dificuldade com os agentes prisionais que muitas vezes fazem a entrega da sua alimentação em horários incertos e locais incertos, e quando reclama é chamado à atenção para não fazê-lo. Para além disso,  conta que alguns agentes prisionais o têm visto e tratado com indiferença, algo que preocupou aos visitantes, já que o recluso encontra-se em cumprimento da sua pena e tratá-lo com dignidade e humanidade não é um favor, mas sim um dever até profissional dos funcionários prisionais.

Kalupeteca salientou ainda que por causa das dores estomacais, tem sentido outras dores na coluna vertebral que depois se estendem ao ombro direito e o paralisa por algum tempo. Para evitar os problemas de saúde que se agravam muito mais com a irregularidade da alimentação, tem feito o consumo de alho e limão que segundo o mesmo, quando consumidos convertem as dores estomacais em enjoos.

Ao Director da Instituição, o recluso já fez chegar as suas preocupações. Algumas foram respondidas, inclusive, o Director já chegou a ordenar que os funcionários de direito cuidassem da alimentação do recluso. Orientação essa, que segundo Kalupeteka, o seu cumprimento tem dependido da boa fé de alguns funcionários. 

Visita dos seus familiares
Kalupeteka informou que costumava receber com regularidade visitas de suas três filhas. Entretanto, nos últimos dias, as mesmas têm encontrado dificuldades em visitá-lo pelo facto de não possuírem outros documentos pessoais para além do cartão de visitas da respectiva penitenciária, que por norma deve ser acompanhado pelo Bilhete de Identidade, documento que entre outros, as mesmas terão perdido nos confrontos do Monte Sumi. Ao longo desses meses de estadia na penitenciária de Benguela, as filhas somente usavam o cartão de visitas para o acesso às mesmas, situação que os serviços prisionais aceitavam com normalidade, mas com as novas exigências em relação aos visitantes que também abrangem, naturalmente, as filhas de Kalupeteka, o mesmo encontra-se, por enquanto, privado das visitas de suas filhas.

As solicitações de Kalupeteka
1.     - Que lhe sejam atendidas as refeições conforme recomendações médicas (quatro vezes ao dia) e a hora certa (receber as refeições na conjuntura de todos os reclusos como é regulamentado dificulta tal cumprimento);
2.      - Que seja transferido para as províncias do Huambo ou Bié, onde o clima quente é menos agressivo com a sua saúde;
3.     - Que as suas filhas tenham a permissão de visitá-lo sem os documentos exigidos, já que o processo de aquisição de documentos é muito burocrático e que poderá levar muito tempo para a aquisição;
4.       - Que se ajude as suas filhas na aquisição dos novos documentos.
As ONGs por sua vez, encorajaram o Kalupeteca a manter a sua firmeza, e prometeram fazerem o máximo possível a fim de o ajudarem a ultrapassar os problemas que enfrenta. Ainda encorajaram-no a continuar na composição de músicas pelo que segundo o mesmo, tem tido dificuldades de memória depois da pancada na testa que recebeu dos agentes policiais no Huambo, o que lhe tem causado também problemas de visão.



05/03/2017

PARCEIROS E COMUNIDADES AVALIAM 2016 E PERSPECTIVAM 2017 (I)


PARCEIROS E COMUNIDADES AVALIAM 2016 E PERSPECTIVAM 2017 ( I )
Lobito, 05-03-2017

Angola está a viver um processo eleitoral. Mais um! Todos temos as experiências dos processos anteriores. Em relação a isso, precisamos começar a tirar lições, aprendizados, de forma a não repetirmos os erros vividos ou, pelo menos, minimizarmos tais problemas. Infelizmente parece que não temos feito grande coisa neste sentido.

Com a intenção de reflectirmos, a OMUNGA iniciou algumas conversas com as comunidades com as quais tem vindo a estabelecer relações de intervenção conjunta e com parceiros para ter-se a ideia do que foi 2016 e daquilo que se perspectiva para 2017.


03/03/2017

A SAÚDE DOENTE?


A SAÚDE DOENTE?
Lobito, 03-03-2017

Carlos Correia Januário de 42 anos de idade  morador do centro 16 de Junho, teve acidente no dia 11 de Outubro de 2011, com a sua motorizada e uma viatura. De acordo às duas declarações não viu quando foi levado ao hospital.

Como resultado, teve a fratura dos dois fémures, tendo ficado internado durante 30 dias.

Já em 2016, uma vez que não se verificaram quaisquer melhoras, Carlos Correia voltou ao hospital, tendo ficado internado por 5 meses. Teve alta no dia 05 de Dezembro de 2016.

No entanto é visível que a situação permanece, estando o Carlos Correia impossibilitado de se movimentar e dependendo completamente de todo o tipo de ajuda, incluindo para poder fazer as suas necessidades fisiológicas.
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Outras matérias relacionadas:

A comunidade apela à solidariedade e a OMUNGA solicita à direcção municipal da saúde do Lobito para que interne imediatamente Carlos Correia Januário para que lhe seja feito todo o acompanhamento e que o mesmo apenas regresse a casa depois de ter resolvido este grave problema.

Lembrar que a comunidade do 16 de Junho, localizada no Bairro 27 de Março, zona alta da cidade do Lobito, é constituída essencialmente por antigas crianças de rua e é um projecto habitacional social, construído por decisão do então Governador Provincial de Benguela, General Armando da Cruz Neto, depois de uma luta levada a cabo por muitos anos. É o único projecto habitacional do género, construído em Angola.

Reportagem de Alberto César