17/03/2017

URGENTE: A SAÚDE ESTÁ DOENTE

URGENTE: A SAÚDE ESTÁ DOENTE
Lobito, 17-03-2017

O estado de saúde a nível do município do Lobito continua deveras preocupante. Principalmente no que se refere às comunidades mais pobres e desfavorecidas. Nos hospitais públicos tudo é necessário pagar-se, consultas e análises. Por outro lado não possuem nem medicamentos nem equipamento básico quer para cirurgias ou para os curativos.

Em 2015 a OMUNGA acompanhou o registo de 48 óbitos ao nível das comunidades de moradores de rua localizados na zona urbana da cidade do Lobito. Uma elevada taxa de mortalidade tomando em conta o tamanho desta população.

Foi assim que tentou negociar com a direcção municipal da saúde no sentido de, por questões específicas destas comunidades, de que pessoal da saúde pudesse fazer uma ronda pelas ruas de forma regular de forma a ter-se um levantamento dos casos de doença e seu encaminhamento e acompanhamento mas também de aconselhamento.

Não havendo essa possibilidade, a saúde disponibilizou a possibilidade dos membros destas comunidades, desde que acompanhados por informação da OMUNGA, passassem a fazer as consultas, análises e demais exames a nível do Hospital municipal e da maternidade, sem qualquer encargo financeiro.

Este passo já resultou numa quebra de registos de mortalidade em 2016 de apenas 6 casos.

Infelizmente, a situação não tem vindo a facilitar uma vez que estes centros de saúde não possuem normalmente nem medicamentos e nem outros equipamentos quer para atendimento de doenças, como para casos mais graves que necessitam de intervenção cirúrgica.

A OMUNGA decidiu então, como o apoio da Christian Aid, começar a apoiar em medicamentos e outro material sanitário, nos casos mais graves, especialmente os que exigem cirurgias. Os medicamentos são entregues mediante as receitas medicas, com termos de entrega em que quer o doente como os funcionários hospitalares testemunha a entrega. Isto tem facilitado com que os doentes consigam terminar os seus tratamentos e por outro lado já tem havido uma maior participação dos centros hospitalares com medicamentos também.

No entanto, a situação de tuberculose tem vindo a agravar e estranhamente, os doentes queixam-se que são obrigados a comprar os medicamentos já que não são disponibilizados nos centros especializados.

Este é o caso de Augusto Lukembe, morador de rua que sofre de tuberculose. Perante estes casos, a OMUNGA decidiu, para além do apoio com medicamentos, iniciar o apoio com alimentos básicos. Nesta conformidade e cientes da impossibilidade a nível local de haver uma solução para este grave problema, a OMUNGA endereça uma carta ao Ministro da Saúde e ao Represente do PNUD em Angola para que expliquem tal situação e tragam imediata solução.

Por outro lado, e enquanto vivemos este estado de emergência, a OMUNGA apela à solidariedade de todos para que possam fazer os seus donativos nos nossos escritórios localizados no Bairro da Luz, Rua da Bolama, casa nº 4 ou podem contactar pelos terminais +244 272 221 535/913 641 941/925 690 207 ou ainda pelo email zpatrocinio@omunga.org.


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