Os activistas na chegada ao Caimbambo
Lobito, 30 de Abril
de 2018
NOTA
DE REPÚDIO
A Associação OMUNGA,
em seu nome e em nome dos activistas de Luanda e de Benguela que fizeram parte da
comitiva que se deslocou ao Caimbambo a 27/Abril/2018, vem pela presente
expressar o seu elevado protesto em relação ao impedimento que foi imposto à
realização das actividades programadas para aquela localidade.
De acordo ao Sr.
Administrador Adjunto que se encontrava em exercício, não seria permitida a
realização das referidas actividades uma vez que não tivera tomado conhecimento
das mesmas. Alegou ainda o facto de que para o efeito merecia o parecer do
governador da província.
Por outro lado, o
Administrador garantiu ao telefone que tinha consigo a carta enviada
antecipadamente pela OMUNGA mas que necessitava do parecer favorável do
governador da província.
A deslocação ao
Caimbambo que envolvia membros da OMUNGA e activistas de Luanda e de Benguela
enquadra-se dentro das acções do projecto CONSTRUINDO A PAZ e tinha 3
propósitos fundamentais:
1 – Recolher informações
sobre o actual contexto político do município do Caimbambo, através de um
encontro com as entidades administrativas, partidárias, tradicionais e
religiosas;
2 – Fazer a entrega
de donativos (material escolar) à escola primária da Lómea recolhidos durante a
campanha de solidariedade “OVOKO YE KWATISSO VA LÓMEA – UMA MÃO PARA A LÓMEA” a
nível de Luanda e de Benguela e mesmo de cidadãos angolanos na diáspora;
3 – Desenvolver intercâmbio
entre activistas das diferentes províncias e o seu contacto com as diferentes
realidades nacionais.
Esta deslocação ao
Caimbambo e estas actividades são do conhecimento prévio das entidades a nível
provincial, nomeadamente o governador e o director provincial da educação, bem
como das autoridades a nível municipal como sejam o Administrador, comando
municipal da polícia, repartição municipal da educação, direcção da escola da
Lómea e comunidade.
Ao mesmo tempo as
actividades envolveram gastos e expectativas que foram frustradas pela impossibilidade
da sua efectivação.
A OMUNGA e seus
parceiros condenam veementemente o actual sistema administrativo que se
demonstra um verdadeiro obstáculo para o desenvolvimento da democracia, tomando
em conta a sua elevada centralização e burocratização o que justifica e reforça
a ideia da imediata concretização do processo autárquico no país.
Por outro lado
aproveita informar que o encontro de intercâmbio entre os activistas de Luanda
e de Benguela decorreu de 28 a 29 de Abril, na praia da Restinga, Lobito e que
está a remarcar uma nova deslocação ao Caimbambo para que se efective a entrega
dos donativos à escola da Lómea e se faça uma avaliação do actual contexto
político do município.
Acampamento do Mini Fórum de activistas na Restinga, Lobito