Actualmente
enfrenta-se o problema da exclusão social dos grupos mais vulneráveis e
marginalizados da população angolana, como resultado da debilidade do sistema de protecção social.
Uma
das primeiras falhas no sistema reside na
carência de informações em relação à protecção social, aos direitos sociais e
aos serviços públicos de assistência social. Em Angola, existem poucas
estruturas a nível comunitário que possam disponibilizar aos grupos mais
vulneráveis da população informações sobre a protecção social. A falta de
conhecimentos coloca-se como o primeiro obstáculo que impede as pessoas de sair
da condição de precariedade e pobreza, reforçando utilização escassa das
oportunidades e dos serviços oferecidos pelo Estado. Um outro impedimento que
limita a eficácia dos serviços sociais está na fraca humanização do pessoal responsável
pelas instituições governamentais, resultando na fraca adesão aos serviços
públicos de assistência social.
Destaca-se
também algumas dificuldades na
coordenação e gestão dos serviços sociais oferecidos. A maioria dos
serviços sociais existentes funcionam só parcialmente, apesar dos esforços do
Governo para acompanhar e controlar a execução das políticas de protecção
social. Amiúde o trabalho parece isolado e com baixo nível de diálogo entre as
estruturas centrais, provinciais e municipais.
Os
problemas acima expostos são agravados pelo
baixo nível de educação dos grupos vulneráveis da população angolana. A
falta de uma educação básica e de uma formação profissional qualificada, comporta
uma forma de auto-exclusão do crescente processo de crescimento económico do
País e da possibilidade de sair do ciclo vicioso da pobreza.
É
preciso disponibilizar, para os grupos vulneráveis, ferramentas úteis para sua inserir-se
na escola e no mercado do trabalho, seja formal ou informal, com as
competências necessárias e com os conhecimentos básicos para sair do ciclo da
pobreza em que se encontram.
Impõe-se
o fortalecimento da rede de protecção social dos grupos mais vulneráveis e
marginalizados, melhorando a capacidade de gestão e os conhecimentos de todas
as instituições, seja governamentais como da sociedade civil.
É
necessário e urgente a difusão de informação sobre os principais direitos
sociais e serviços públicos de assistência social disponibilizados pelas
autoridades locais e todos os agentes colaboradores.
Por isso
criou-se o EKWATISSO, enquanto estratégia para encarar os problemas em relação
a todos os factores acima mencionados numa perspectiva multidimensional e interdependente,
fortalecendo, simultaneamente, o papel do cidadão e das instituições
governamentais em prol dum desenvolvimento sustentável.
Dentro deste eixo, a OMUNGA desenvolve
em parceria com a AJS e o CRB, o projecto OKUTANGA LEPANDI. Uma das actividades
desenvolvidas neste projecto pela equipe da OMUNGA é a oficina de vídeo a nível
das 4 escolas.
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