03/07/2013

OFICINA DE VÍDEO NAS ESCOLAS: CRIANÇAS APRENDEM BRINCANDO



Actualmente enfrenta-se o problema da exclusão social dos grupos mais vulneráveis e marginalizados da população angolana, como resultado da debilidade do sistema de protecção social.

Uma das primeiras falhas no sistema reside na carência de informações em relação à protecção social, aos direitos sociais e aos serviços públicos de assistência social. Em Angola, existem poucas estruturas a nível comunitário que possam disponibilizar aos grupos mais vulneráveis da população informações sobre a protecção social. A falta de conhecimentos coloca-se como o primeiro obstáculo que impede as pessoas de sair da condição de precariedade e pobreza, reforçando utilização escassa das oportunidades e dos serviços oferecidos pelo Estado. Um outro impedimento que limita a eficácia dos serviços sociais está na fraca humanização do pessoal responsável pelas instituições governamentais, resultando na fraca adesão aos serviços públicos de assistência social.

Destaca-se também algumas dificuldades na coordenação e gestão dos serviços sociais oferecidos. A maioria dos serviços sociais existentes funcionam só parcialmente, apesar dos esforços do Governo para acompanhar e controlar a execução das políticas de protecção social. Amiúde o trabalho parece isolado e com baixo nível de diálogo entre as estruturas centrais, provinciais e municipais.

Os problemas acima expostos são agravados pelo baixo nível de educação dos grupos vulneráveis da população angolana. A falta de uma educação básica e de uma formação profissional qualificada, comporta uma forma de auto-exclusão do crescente processo de crescimento económico do País e da possibilidade de sair do ciclo vicioso da pobreza.

É preciso disponibilizar, para os grupos vulneráveis, ferramentas úteis para sua inserir-se na escola e no mercado do trabalho, seja formal ou informal, com as competências necessárias e com os conhecimentos básicos para sair do ciclo da pobreza em que se encontram.  

Impõe-se o fortalecimento da rede de protecção social dos grupos mais vulneráveis e marginalizados, melhorando a capacidade de gestão e os conhecimentos de todas as instituições, seja governamentais como da sociedade civil.

É necessário e urgente a difusão de informação sobre os principais direitos sociais e serviços públicos de assistência social disponibilizados pelas autoridades locais e todos os agentes colaboradores.

Por isso criou-se o EKWATISSO, enquanto estratégia para encarar os problemas em relação a todos os factores acima mencionados numa perspectiva multidimensional e interdependente, fortalecendo, simultaneamente, o papel do cidadão e das instituições governamentais em prol dum desenvolvimento sustentável.

Dentro deste eixo, a OMUNGA desenvolve em parceria com a AJS e o CRB, o projecto OKUTANGA LEPANDI. Uma das actividades desenvolvidas neste projecto pela equipe da OMUNGA é a oficina de vídeo a nível das 4 escolas.




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