Todos os actos
terroristas, sejam eles executados por indivíduos, grupos ou Estados, devem ser
veementemente condenados e combatidos.
Por isso não podemos
deixar de condenar os actos ocorridos em França e solidarizarmo-nos com os familiares, amigos e colegas das vítimas.
Também não podemos deixar
de expressar o nosso apresso e admiração aos milhões que por cidades francesas,
e não só, se manifestaram como forma de protesto, solidariedade e em nome da
defesa do mais importante direito de ser diferente, na origem, nas orientações,
nas ideias.
A liberdade de expressão,
intrínseca à dignidade humana, liga-se obviamente ao reconhecimento de que todos
somos diferentes, tendo nascido iguais em direitos.
Nós acompanhámos a
preocupação de várias organizações de direitos humanos, como os Repórteres Sem
Fronteiras, em relação ao aproveitamento político dos tristes acontecimentos
que todos condenamos.
A OMUNGA faz parte
desta linha de pensamento que exige ações concretas de combate a todo o
terrorismo, não permitindo-se estratificar este tipo de intervenção criminosa. Acreditamos
que esta acção global passa pela mudança dos sistemas políticos que actualmente
dominam o cenário mundial, com um combate à corrupção e à pobreza e com uma
real integração de todos nós no processo de construção de um global e um local
de todos nós.
Estamos bastante
preocupados que, antes pelo contrário, o aproveitamento político por parte das
lideranças mundiais leve à implementação de ações que sejam precisamente no
sentido inverso, do incentivo da intolerância e descriminação.
Apontam para tal
percepção, a possibilidade do endurecimento das medidas anti emigrantes, da
limitação do direito à circulação na própria União Europeia e, como logicamente contraditório, na limitação da liberdade de expressão e de informação com o
controlo da internet e das redes sociais.
Perante este quadro
de possibilidades, a OMUNGA espera que todos nós, onde quer que estejamos, ao
mesmo tempo que repudiamos os actos terroristas de grupos extremistas,
condenamos também os actos terroristas dos Estados como foi o que ocorreu no
Iraque, na Líbia e acontece na Palestina e devemos defender a todo o custo os
nossos direitos e liberdades mais que essenciais para a manutenção da espécie humana,
enquanto agregado social.
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