18/02/2015

CASA DE COORDENADOR DA OMUNGA É ASSALTADA À MÃO ARMADA


Na madrugada de quarta feira, 18 de Fevereiro, por volta das 3 horas da madrugada, dois indivíduos usando a farda do exército nacional e fazendo uso de uma metralhadora AKM e de um revolver, iniciaram a ação de assalto à residência do coordenador da OMUNGA, de acordo às informações prestadas pelo Manel que se encontrava de guarda às instalações da OMUNGA.

É importante recordar que os escritórios da OMUNGA localizam-se na parte traseira da residência onde habita José Patrocínio.

De acordo ainda às informações do Manel, os dois indivíduos vieram a pé, pela rua que limita a Academia Militar, no Bairro da Luz, perto da porta de armas, e dirigiram-se de imediato à residência.

O que se acompanhava da metralhadora ficou encostado a uma viatura que se encontrava estacionada de fronte à casa, enquanto o outro avançou até à entrada do quintal que dá acesso às traseiras e aos escritórios da OMUNGA.

Foi aí que encontrou o Manel que estava de serviço e cumprimentou-o – boa noite. O Manel respondeu – bom dia. Ai já é dia, atira o fardado e continua – você é que é o guarda desta casa? O Manel respondeu – Sim e o que quer? É nesta altura que o fardado puxa da pistola pondo bala na câmara e apontando para o Manel diz – Ainda perguntas o que eu quero? Fica de pé. Ao mesmo tempo o outro fardado que ficara de alerta põe também bala na câmara da AKM e avançam juntos contra o guarda. Aqui esbofetearam o guarda e obrigaram-no a ir-se embora, tendo este ficado a certa distância observando.

De acordo ao Manel os mesmos permaneceram no espaço por volta de meia hora tendo depois se retirado calmamente a pé na direcção oposta da rua.

É nessa altura que o Manel retorna ao local e desperta o coordenador da OMUNGA que se encontrava a dormir na sua residência, para contar o ocorrido e questionar se não tinha sofrido alguma ação dos meliantes.

Foi assim que se deu conta que havia a janela arrombada e tinham desaparecido da casa do coordenador da OMUNGA a câmara fotográfica e o telefone que se encontravam em cima da mesa de trabalho.

A casa não foi remexida nem mais nada desapareceu. O pequeno gerador ficou no quintal. Apenas a câmara fotográfica e o telefone da movicel tipo android foram à vida.

Será importante recordar que a 22 de Dezembro, José Patrocínio foi brutalmente retido dentro da referida Academia Militar enquanto Alexandra de Vitória Pereira fora agredida pelos militares por apenas terem estacionado a viatura frente à referida unidade militar. Nessa altura a OMUNGA endereço uma carta ao Comandante da referida instituição a exigir os devidos esclarecimentos e responsabilização. Sem resposta até hoje.

A pergunta fica no ar. Que proteção garante esta academia militar dentro do Bairro da Luz se os seus militares agridem pacatos cidadãos e deixam circular meliantes fardados e com metralhadoras pelas ruas? Afinal o que pretendiam estes presumíveis meliantes? Vieram directamente à residência, a pé, fardados e com arma de guerra e só levaram a câmara fotográfica e o telefone!

A queixa avança junto da investigação criminal e demais instituições.


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