Ref.ª: OM/ 0020 /015
Lobito, 20 de Fevereiro de
2015
DECLARAÇÃO PÚBLICA
ASSALTO À MÃO ARMADA ÀS
INSTALAÇÕES DA OMUNGA
E À RESIDÊNCIA DO SEU
COORDENADOR
A OMUNGA vem pela presente prestar as seguintes
informações sobre a acção de que foi alvo assim como na residência do seu
coordenador:
OS FACTOS
Na madrugada de quarta feira, 18 de Fevereiro, por volta
das 3 horas da madrugada, dois individúos usando a farda do exército nacional,
incluindo botas e fazendo uso de uma metralhadora AKM e de um revolver,
iniciaram a ação de invasão das instalações da OMUNGA e de assalto à residência
do coordenador da OMUNGA, de acordo às informações prestadas pelo Manuel
Canjanja que se encontrava de guarda às instalações da OMUNGA.
É importante recordar que os escritórios da OMUNGA localizam-se
na parte traseira da residência onde habita José Patrocínio, no B.º da Luz, Ra
da Bolama, casa 2, Lobito.
Desta acção resultou a agressão de Manuel Canjanja e o
roubo da sua pasta com algum dinheiro e também o roubo de uma câmara
fotográfica e de um telefone que se encontravam na mesa de trabalho de José
Patrocínio, na sua residência.
A OMUNGA está preocupada com alguns aspectos desta acção
que facilitam concluir que a mesma era direccionada intencionalmente à nossa
associação e ao seu coordenador não podendo, no entanto, adivinhar os seus
propósitos.
OS ELEMENTOS DE SUSPEITA
- A residência
onde vive o coordenador da OMUNGA e onde funcionam os seus escritórios fica a
menos de 50 metros da porta de armas da Academia Militar do Exército,
- Os dois indivíduos vieram a pé, fardados e de
metralhadora pela rua frontal à referida unidade militar, complectamente à
vontade,
- Os indivíduos dirigiram-se de imediato às nossas instalações,
tendo um deles se colocado logo em posição junto a uma viatura e o outro ter
avançado em direcção ao guarda,
- Na referida rua mais nenhuma residência tem guarda,
- Mesmo com guarda efectuaram a ação,
- Depois da agressão, mandaram o guarda embora sem qualquer receio que o
mesmo se dirigisse à porta de armas da referida Academia em busca de socorro ou procurasse o mesmo em qualquer outro local,
- Depois de cerca de 30 minutos os dois indivíduos
voltaram a retirar-se calmamente sem qualquer sinal de precipitação descendo a
rua em sentido contrário,
- A casa não foi remexida e apenas foi roubada a pasta do
guarda onde tinha algum dinheiro, possivelmente para transportar os bens
roubados como seja a câmara fotográfica e um telemóvel.
OS PASSOS DADOS
Na manhã de 18 de Fevereiro membros da OMUNGA
conjuntamente com Manuel Canjanja dirigiram-se ao piquete da investigação
criminal do Lobito para apresentação de queixa junto do investigador Jessé, mas
sem efeito já que o mesmo orientou a elaboração de uma carta.
O coordenador da OMUNGA efectuou a queixa junto da
investigação criminal, na pessoa do Sr. Investigador Felix na manhã de 19 de
Fevereiro de 2015
Nesta mesma manhã, o coordenador da OMUNGA pôde
apresentar o caso, na sua residência e nas instalações da OMUNGA, ao Sr. Wilson
Quintas enviado pelo Comandante da 1.ª esquadra, Sr. Barnabé
Na tarde desse mesmo dia, a equipe de peritos da
investigação criminal liderada pelo investigador Felix estiveram na residência
do Sr. José Patrocínio onde puderam fazer a peritagem e ouvir a queixa do
guarda Sr. Manuel Canjanja.
No dia 20 de Fevereiro a Associação OMUNGA dirigiu uma
carta ao Director da Investigação do Lobito a expôr a situação e a confirmar o
seu interesse na continuidade do processo investigativo.
Ainda a 20 de Fevereiro, a Associação OMUNGA endereçou
uma carta ao Comandante Municipal da Polícia do Lobito com cópia ao Governador
Provincial de Benguela a solicitar as devidas medidas de protecção.
Por último e também a 20 de Fevereiro a OMUNGA escreveu
uma carta ao Comandante da Academia Militar do Exército do Lobito a solicitar
medidas de protecção.
José Patrocínio
Coordenador
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