30/08/2017

FICARAM ANGOLANOS COM O SEU DIREITO DE VOTAR NEGADO PELA CNE


FICARAM ANGOLANOS COM O SEU DIREITO DE VOTAR NEGADO PELA CNE
Lobito, 30.08.17

O país continua expectante quanto aos resultados das eleições de 2017. Os partidos da oposição, nomeadamente a CASA-CE, PRS e UNITA apresentam muitas reclamações, quer como a CNE iniciou o processo de apresentação dos resultados provisórios, quer, agora como as CPEs estão a querer aprovar os escrutínios provinciais, pelo menos de 8 províncias (das 11 onde se considera ter concluído o processo).

O direito ao voto é um direito fundamental. Milhares de pessoas em Angola viram-se forçadas a não exercer esse seu direito devido a problemas provocados pela própria CNE ao ter atribuido de forma errónea mesas de voto diferentes e distantes dos locais de residência e de acualização dos eleitores, como ainda por alteração da localização das referidas assembleias de voto.

Por tal motivo, de forma excepcional, a CNE decidiu que algumas povoações pudessem ter vindo a exercer o referido direito a 26 de Agosto. A nível da província de Benguela, foi o caso da povoação da Sambwandja, município do Balombo.

Infelizmente, nem todas as povoações foram abrangidas por este plano. É o caso da Assembleia de Voto 5923 (Bocoio). No dia de votação, o dístico (banner) desta assembleia foi encontrado guardado junto ao material da AV 5917 que funcionou na aldeia da Chitama, não se sabendo do paradeiro quer do seu material eleitoral nem dos seus membros, com excepção do seu presidente que foi encontrado a trabalhar na AV 5890.

A UNITA apresentou a reclamação datada de 23 de Agosto junto da CME do Bocoio, sem que no entanto tenha sida reposta a legalidade. Ainda na sexta-feira 25, a OMUNGA apresentou a mesma informação junto da CPE de Benguela.


O que é preocupante é que este tipo de situações têm-se vindo a registar eleições após eleições mesmo com as reclamações dos partidos da oposição que acreditam que são propositadas e sem qualquer atenção por parte da CNE. Por isso somos obrigados a considerar a CNE como responsável pela abstenção forçada registada em 2017.

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