20/09/2017

PN SEM INVESTIGAÇÃO APONTA CONCLUSÕES? OMUNGA EXIGE INVESTIGAÇÃO SOBRE CASO MONTE BELO


Lobito, 20.09.2017
NOTA PÚBLICA
OMUNGA EXIGE INVESTIGAÇÃO SOBRE CASO MONTE BELO

Como é do conhecimento público, a 16 de Setembro (sábado) ocorreram na comuna do Monte Belo, município do Bocoio (Benguela), actos de intolerância política de extrema gravidade.

No dia 17 de Setembro (domingo), uma equipa da OMUNGA esteve no terreno de forma a recolher mais informações sobre os acontecimentos e ao mesmo tempo poder contribuir para a procura de soluções para este grave problema (intolerância política) que assola aquele município desde 2003/2004, após o cessar-fogo (acordo de paz).

Nesse mesmo dia, teve conhecimento de que uma delegação do governo provincial de Benguela esteve também no local.

Foi com preocupação que acompanhou através do portal da Angop[1], das 19h39 de 17 de Setembro, que o Comando Provincial da Polícia Nacional, através do seu porta-voz, intendente Pinto Caimbambo, que em conferência de imprensa tenha apresentado informações, como conclusivas, que possam não corresponder com a verdade dos factos e sem sequer ter desenvolvido uma investigação correta, apontando aparentemente para um desfecho do processo já declarado.

De acordo ao levantamento efectuado pela OMUNGA, a acção foi de extrema gravidade e não se vislumbra realmente um clima de verdadeira acalmia já que na manhã de 18 de Setembro, um outro militante da UNITA foi agredido, tendo ficado ligeiramente ferido na face. Foi atacado com faca e pedras.

Para se ter uma ideia da imensidão da acção de intolerância política, ficaram feridos 13 pessoas, 55 residências foram atacadas e os seus bens destruidos, queimados ou furtados, assim como 4 cantinas, 2 farmácias, 2 viaturas destruídas, 14 motorizadas, 2 motas com carroçaria queimadas, ao mesmo tempo que foram roubadas 2 motorizadas e 2 motorizadas com carroçaria, para além de outros bens desaparecidos e avultados valores em dinheiro.

É de recordar que a 26 de Maio, um outro problema de intolerância política já ocorrera naquele município, na povoação da Balança, comuna do Cubal do Lumbo que provocou mais de 3 mil deslocados. Também a 12 de Agosto, na mesma comuna (Cubal do Lumbo), foi assassinado à catanada o militante da UNITA, ADRIANO CATEVE VITI de 44 anos de idade, sem que até ao preciso momento a polícia nacional dê qualquer explicação sobre o processo investigativo.

Nesta conformidade, a OMUNGA apela para que seja reposta a verdade dos factos e seja avançada uma verdadeira investigação que responsabilize os seus autores e indemnize justamente as vítimas.


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