SECRETÁRIO DA UNITA
DO BALOMBO ACUSA O MPLA PELA INTOLERÂNCIA POLÍTICA REGISTADA NO MUNICÍPIO
Lobito, 01.09.17
A problemática de
intolerância política tem sido uma das temáticas que a OMUNGA tem vindo a
abordar ultimamente atendendo à gravidade da situação que se vive em grande
parte do território da província de Benguela.
Prata Kumi, activista
da OMUNGA deslocou-se ao Balombo e ouviu o secretário municipal da UNITA naquele
município que falou sobre o assunto.
Albano Pena acusa “dirigentes do partido no poder na liderança,
à testa desta intolerância política”, nomeadamente o 1º secretário do MPLA,
“o Sr Silva Chacamba que emana as pessoas
a rebelarem-se contra os seus próprios familiares e ele vai ao terreno onde
decorrera a intolerãncia política, agradecer, pagando-os, como aconteceu no dia
22 de Fevereiro de 2017 na destruição do comite da UNITA do Chico do Waite,
onde um grupo ínfimo, com picaretas, catanas, pás, sob comando do próprio 1º
secretário do MPLA a orientar a destruição da casa.”
O secretário da UNITA
explica que “os homens da UNITA estavam a acompanhar o acontecimento e a
pedirem orientações do seu mando superior, que é aqui a sede municipal, do que
é que podiam fazer, mas nós percebemos que a ira como era demasiada, se
retaliassem, se partissem para uma retaliação, então teria havido aí mortes,
então acautelámos, achámós que deviam se manter, eles deviam continuar a fazer o
que querem fazer e vocês não respondam.”
De acordo ainda aos
relatos, garante que comunicaram à polícia e ao administrador que “foram para o terreno, encontraram os meliantes,
a polícia não agiu sobre esses terroristas.”
No entanto, Albano
Pena, achou importante “realçar coisas
boas”. O secretário considera que “o município do Balombo tem um figurino
se calhar diferente doutros municípios”. Realçou o facto do Administrador,
embora sendo do MPLA, não acumula o cargo de 1º secretário daquele partido.
“Temos um administrador que embora seja do MPLA, é um indivíduo que procura
sempre dirimir conflitos”. Para este dirigente partidário, “não retira efectivamente que a paz devia
ser consolidada, os partidos políticos com capacidade de se efectivar em todo o
território do país, efectivamente que o fizessem sem impedimentos de uma outra
força política, como acontece aqui no Balombo.”
Por outro lado, o
político demonstrou preocupação pelo facto de que, com a publicação dos resultados
provisórios pela CNE, já se ouvem umas “vozes
contundentes” e que, se os militantes da UNITA não “se mantivessem sob orientações directas” da direcção do partido, “se calhar neste território do Balombo já teria
havido derramamento de sangue.”
Por último, declarou,
“os sobas são pai da aldeia e se são o
pai da aldeia devem manter a calma- Se alguém do MPLA queira atentar contra
alguém, então o soba tenha coragem de dizer que isto não deve se fazer! Se
alguém da UNITA também queira criar distúrbios, então nos comuniquem que alguém
da UNITA quer [fazer ta coisa]”
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