30/05/2012

CONSELHO NACIONAL DA COMUNICAÇÃO SOCIAL VOLTA A FAZER REPAROS SOBRE "O DESEQUILÍBRIO REGISTADO" PELOS ÓRGÃOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL PÚBLICOS NA "COBERTURA DAS MANIFESTAÇÕES"

QUARTA-FEIRA, 30 DE MAIO DE 2012

Deliberação Genérica/Maio 2012

DELIBERAÇÃO 
Reunido em sessão plenária ordinária a 25 de Maio de 2012, o Conselho Nacional de Comunicação Social (CNCS) depois de ter passado em revista o desempenho da imprensa no plano das competências atribuídas por lei a este órgão delibera o seguinte: 

1.Considerar relevantes e tomar boa nota, na generalidade, de todas as informações, apreciações, críticas e reclamações que chegaram ao conhecimento deste Conselho relacionados com os acontecimentos mediáticos que rodearam as manifestações ocorridas no passado dia 19 de Maio em todo o país e tirar delas as necessárias lições. 

2. Com as atenções voltadas para o desempenho da média pública tendo em conta o dever expresso no artigo 17º, n.º4, da Constituição da República de Angola sobre a observância do princípio da imparcialidade no tratamento da actividade dos partidos políticos, o Conselho concluiu que a cobertura das manifestações ignorou o referido postulado, sendo demasiado evidente o desequilíbrio registado o que em nada contribui para o distanciamento e a independência que se exigem da comunicação social. 

3. Apesar de já ter havido um esclarecimento público sobre o sucedido e tendo em perspectiva a possível repetição de incidentes do género, o CNCS não pode deixar de lamentar e condenar actos de hostilização contra jornalistas no exercício das suas funções, uma vez que os mesmos violam o disposto na lei, sendo considerados um atentado à liberdade de imprensa de acordo com o artigo 76º da Lei de Imprensa. 

4. Convocadas que já estão as eleições e com o rápido aproximar do mês da campanha eleitoral, o Conselho gostaria de reiterar algumas recomendações que são fundamentais para que a imprensa cumpra devidamente o seu papel informativo, esclarecedor e mobilizador da opinião pública como um espaço aberto e em pé de igualdade em relação às actividades de todos os partidos concorrentes e respectivos candidatos. 

5. O Conselho defende neste âmbito a aplicação rigorosa do princípio da imparcialidade por ser suficientemente abrangente para que as direcções dos médias e os jornalistas estejam à altura das suas responsabilidades eleitorais. Este desiderato ainda não é um dado adquirido tendo em conta o desempenho que se está a verificar neste período da chamada pré-campanha eleitoral a alimentar receios justificados em relação aos próximos tempos, caso não venha a registar-se uma outra evolução.

6. No acompanhamento que tem feito da TV/Zimbo, o Conselho notou que houve uma alteração substancial ao nível da sua direcção com a nomeação de um novo Director de nacionalidade estrangeira, o que a confirmar-se é inaceitável porque viola o disposto na última parte do n.º do artigo 24º da Lei de Imprensa.
Até ao momento a TV/Zimbo ainda não se dignou a responder aos pedidos oficiais de esclarecimento que já lhe foram endereçados por este Conselho ao abrigo das suas competências, sendo o impacto desta alteração visível no conteúdo da sua programação, que, de acordo com uma avaliação preliminar feita pela plenária, se tem estado a descaracterizar, com a perda de uma parte muito significativa da sua identidade editorial inicial. 

Esta deliberação foi aprovada em sessão plenária do Conselho Nacional de Comunicação Social, que contou com a presença dos Conselheiros: 
António Correia de Azevedo – Presidente
Manuel Teixeira Correia – Vice-Presidente
Lucas Manuel João Quilundo
David João Manuel Nkosi
Joaquim Paulo da Conceição
Francisco Alexandre Cristóvão da Silva
Armando Garcia Benguela
Narciso de Almeida Pompílio
Oliveira Epalanga Ngolo
Sebastião Roberto de Almeida da Conceição
Reginaldo Telmo Augusto da Silva
Lucília de Oliveira Palma Gouveia

CONSELHO NACIONAL DE COMUNICAÇÃO SOCIAL, em Luanda, aos 29 de Maio de 2012. -
O Presidente,
António Correia de Azevedo 

28/05/2012

ESTUDANTES ANGOLANOS NO RIO DE JANEIRO EXIGEM A INTERVENÇÃO DO CONSULADO ANGOLANO NO CASO DE ZULMIRA

Zulmira de Sousa Borges Cardoso, de 26 anos de idade, fazendo o mestrado de Engenharia de Produção na UNINOVE, Brasil, foi barabaramente assassinada. De acordo às informações foi resultado de intolerância. Enquanto estava com mais alguns amigos e familiares, foi vítima de barbaridade assassina resultante da discussão "de bar" entre angolanos e brasileiros.
Não pretendemos aqui apelar a rivalidades de nacionalidades, raças ou de qualquer outro tipo. Apenas chamamos à atenção para onde a intolerância e o descontrole pode levar.
Cerca de 60 estudantes universitários manifestaram-se na Avenida Rio Branco, Rio de Janeiro, defronte ao Consulado de Angola. Os estudantes, fizeram a entrega e a leitura de uma carta ao Consul onde solicitam explicações sobre o processo e também onde apresentam informações sobre o grau de insatisfação dos estudantes angolanos.
O Consul esclareceu, de acordo à nossa fonte, de que é novo naquele cargo pelo que não se comprometeu em dar resposta à preocupação dos manifestantes. Soubemos ainda que a TV Glogo foi chamada mas que o Consul não permitiu a divulgação das imagens. Os jovens não ficaram satisfeitos de acordo à nossa fonte.
Embora estejamos conscientes de que não se deve personalizar nem transformar este crime em fonte de conflitos, devemos no entanto exigir do Estado angolano, de acordo às normas internacionais, mostrar o seu interesse de acompanhar todo o processo de investigação até à responsabilização dos atos ocorridos onde vitimizou uma cidadã angolana.

27/05/2012

27 DE MAIO FOI DEBATE NO QUINTAS DE DEBATE (cobertura completa em vídeo)

A última edição do QUINTAS DE DEABTE foi dedicada para se debater a "ANÁLISE HISTÓRICA DO 27 DE MAIO DE 1977". Acreditamos que lembrar é recuperar a história e é evitar que tais acontecimentos se repitam, em Angola, em África e no mundo. Lucas Pedro da Fundação 27 de Maio esteve entre nós e na esplanada do Hotel Mombaka, atirou as suas ideias e opiniões. Os presentes questionaram, completaram e apoiaram, alguns. Num momento tão crucial para a história de todos nós, quando milicias massacram, tal como naqueles tempos, aqueles que pensam diferente. Que sonham por uma Angola diferente, apenas por isso! Acompanhem:



25/05/2012

ABEL CHIVUKUVUKU FALANDO SOBRE "O ATUAL ESTADO DA NAÇÃO" NO QUINTAS DE DEBATE (cobertura completa em vídeo)

Conforme todos acompanharam, Abel Chivukuvuku esteve em Benguela e a convite da OMUNGA, foi preletor no QUINTAS DE DEBATE de 17 de Maio de 2012.

Pedimos desde já as nossas sinceras desculpas pelo atraso. Pedimos ainda desculpas pela qualidade da imagem mas, como esclarecemos na devida altura, verificou-se problemas com a distribuição de energia eléctrica no Cine Monumental, de forma estranha e teve-se que desenvolver a atividade com meios alternativos e rudimentares. Acompanhem por favor ao debate:


CARTA ABERTA A BORNITO DE SOUSA: DEMOLIÇÕES E DESALOJAMENTOS FORÇADOS

REFª: OM/  151. / 2012
Lobito, 25 de Maio de 2012

CARTA ABERTA
C/c: Sra. Raquel Rolnik,
Relatora especial para o Direito à Habitação adequada das Nações Unidas

Ao Exmo. Sr. Ministro da Administração do Território
do Governo de Angola

Att: Exmo. Sr. Bornito de Sousa

LUANDA

ASSUNTO: DEMOLIÇÕES E DESALOJAMENTOS FORÇADOS NO LUBANGO E EM LUANDA
De acordo a comunicados da ACC – Associação Construindo Comunidades, organização com o Estatuto de Observador da Comissão Africana dos Direitos do Homem e dos Povos e sedeada no Lubango, Huila, Angola, voltou-se a verificar o arranque de um processo de demolições e desalojamentos na cidade do Lubango, zona do Arco Íris, nos dias 11 a 17 de Maio de 2012, levado a cabo pelas autoridades locais.
Pensa-se que as 20 primeiras casas demolidas e desalojadas fazem parte duma ação de maior envergadura que envolve uma nova estratégia com intensões de limitar a visibilidade das trágicas consequências deste tipo de intervenção. No entanto, volta-se a verificar que as autoridades desrespeitam as decisões da Assembleia Nacional sobre os procedimentos a tomar em conta em situações do género já que não informam antecipadamente as populações afetadas e muito menos procedem a mecanismos de negociação, não desenvolvem qualquer processo de indmnização e não criam condições de realojamento de habitabilidade para o reassentamento, confirmado neste último caso no Tchituno onde estão a obrigar a instalarem-se estas últimas famílias desalojadas forçosamente.
Ficamos ainda preocupados pelo fato de não haver a responsabilidade das autoridades locais já que, o Exmo. Sr. Ministro Bornito de Sousa, a 18 de Maio de 2012, pelas 23H24, respondia assim através do facebook à divulgação de tal ação, por parte da OMUNGA: “.STOP, JOSÉ, STOP !!!!!!!
Desde ha pouco mais de uma hora, o Facebookiano Jose Patrocinio organizou o bombardeamento do meu mural com posts sobre suposta situacao de demolicoes no Lubango. Estamos em contacto com a situacao na Provincia e com entidades que se prestam a representar as populacoes supostamente afectadas. Recomendo ao Jose Patrocinio/Omunga a contactar as entidades locais em vez de alimentar ainda mais o incendio que, certamente de modo nao inocente, uma certa entidade religiosa esta a promover no Lubango !!!!!!”
Por outro lado, em Luanda, as informações dão conta que na madrugada de 24 de Maio de 2012, na zona da Mabunda, Bairro da Samba, Luanda, 80 habitações e arrumos de pesca à beira mar, foram demolidos com a presença de forte contingente policial.
De acordo à página Maka Angola http://makaangola.org/2012/05/demolicoes-na-calada-da-noite/por volta das 3h00, os agentes, batiam às portas dos casebres apenas para permitir a retirada das pessoas e, logo em seguida, demoliam as residências e seus haveres com pás carregadoras e imediatamente transportavam os detritos em vários camiões.”
É importante lembrar que a 4 de Abril de 2010, Dia da Paz, na cidade do Menongue, o Exmo. Sr. Ministro Bornito de Sousa, em nome do Presidente da República, ao mesmo tempo que pedia desculpas às milhares de vítimas das demolições da Tchavola, garantia que tais ações jamais se repetiriam em Angola.
Pelo exposto, exigimos do Exmo. Sr. Ministro Bornito de Sousa a intervenção urgente para que se pare de uma vez por todas com as demolições e desalojamentos forçados em Angola.
Por outro lado, exige a abertura de processos de investigação e de responsabilização dos autores destas ações dramáticas que agravam a situação de pobreza e de precaridade de milhares de cidadãos angolanos.
Por último, exige a devida indmnização e compensação de todas as pessoas afetadas por estas ações de violação de Direitos Humanos levadas a cabo pelas diferentes autoridades angolanas.
A OMUNGA também responsabiliza a atual Presidência da República por todas as violações de Direitos Humanos verificadas com as demolições e desalojamentos forçados ocorridos até hoje em Angola.

José António M. Patrocínio
Coordenador
Sobre o assunto pode-se ainda acompanhar:

AMNISTIA INTERNACIONAL REAGE AO ATAQUE DAS MILÍCIAS CONTRA JOVENS EM LUANDA


Angola: É necessário proteger a liberdade de expressão na sequência de ataques a jovens ativistas

Um grupo de jovens ativistas críticos do governo, que incluía o rapper “Hexplosivo Mental” foram atacados, espancados e alguns tiveram que ser hospitalizados, durante uma reunião na capital de Angola, Luanda. A Amnistia Internacional pede que seja feita uma investigação exaustiva e imparcial ao incidente.

O rapper ‘Hexplosivo Mental’, conhecido pelas suas letras contra o governo, juntamente com os ativistas angolanos e os defensores dos direitos humanos têm sido perseguidos e alvo de ataques e intimidações nos últimos meses.

“Este espancamento brutal realça o padrão de ameaças de violência que enfrentam as pessoas que se atrevem a falar livremente em Angola,” afirma Muluka-Anne Miti, investigadora de Angola da Amnistia Internacional.

“As autoridades angolanas devem proteger os direitos de liberdade de reunião e associação dos ativistas e de outras pessoas. É necessário serem tomadas medidas imediatas para proteger estas liberdades assegurando que sejam levadas a cabo investigações independentes e que os culpados sejam levados à justiça.”

Este ataque teve lugar na terça-feira, na casa do popular rapper Carbono Casimiro, cuja casa tinha sido atacada por homens armados no ano passado.

Os ativistas que criaram o website Central 7311 que entre outras coisas documenta a violência em relação a manifestantes pacíficos no país, foram também atacados quando tentavam protestar em Luanda, este ano, em março.

Desde março de 2011 que se realizaram várias manifestações, em Luanda, pedido o fim do governo de 32 anos de José Eduardo dos Santos, e que foram reprimidas com recurso ao uso excessivo da força por parte da polícia, incluindo com o uso inadequado de cães e de armas de fogo contra os manifestantes pacíficos.

Segundo relatos, indivíduos desconhecidos ter-se-ão infiltrado nas manifestações, vandalizado propriedade e espancado manifestantes e jornalistas que cobriam os protestos.

A polícia tem falhado ao não responder à violência sistemática exercida por estes indivíduos e, em vez, de prender os alegados infiltrados, tem prendido os manifestantes e jornalistas.

Os jovens que ajudaram a organizar os protestos pacíficos contra o presidente no ano passado, bem como alguns jornalistas que cobriram as manifestações, também receberam ameaças pessoas de indivíduos anónimos dizendo-lhes que não se manifestassem ou sofreriam as consequências.

Em março de 2012 um grupo anónimo dizendo ser defensores nacionais da paz, segurança e democracia distribuíram panfletos em Luanda afirmando que não iriam permitir que os manifestantes causassem confusão e desordem.

Os meios de comunicação do Estado transmitiram ameaças de um individuo dizendo-se representante deste grupo e, embora as autoridades policiais tenham dito que estavam a investigar o caso, não se registaram progresso.

“Existem receios que a violência e a intimidação entrem numa escalada nas próximas semanas e meses à medida que se aproximam as eleições em Agosto,” disse Miti.  

“A constituição angolana garante o direito de realizar manifestações pacíficas. É tempo de as autoridades demonstrarem a sua vontade de proteger este direito fundamental.”

23/05/2012

MILÍCIAS ATACAM E OMUNGA REAGE

REFª: OM/  147. / 2012
Lobito, 23 de Maio de 2012

COMUNICADO

É com enorme e estranha preocupação que a OMUNGA registou a bárbara ação levada a cabo na noite de 22 de Maio de 2012, por milicianos contra jovens ligados à organização das manifestações em Luanda.
De acordo à informação a que tivemos acesso, “um grupo de cerca de 15 indivíduos afectos às milícias pró-governamentais, armados com pistolas, catanas e varas de ferro, atacou esta noite o núcleo de jovens que tem liderado a organização de manifestações anti-Dos Santos, desde Março de 2011.

Pouco depois das 22h00, os atacantes irromperam, de surpresa, a residência do rapper Casimiro Carbono, no Bairro Nelito Soares, em Luanda, onde se encontravam reunidos 10 jovens.
De pistolas em punho, os atacantes espancaram violentamente Gaspar Luamba, Américo Vaz, Mbanza Hamza, Tukayano Rosalino, Alexandre Dias dos Santos, Jang Nómada, Massilon Chindombe, Mabiala Kianda, e Explosivo Mental. O anfitriao, Casimiro Carbono, escapou aos ataques por ter saído pouco antes para atender a um telefonema.”, conforme se pode ler no site Maka Angola http://makaangola.org/2012/05/milicias-pro-dos-santos-atacam/
De a cordo à mesma fonte e confirmado telefonicamente com Carbono Casimiro, “Afonso Mayanda ‘Mbanza Hamza’, 26 anos, explicou como os agressores, mal abriram a porta, executaram, de forma profissional e rápida, os ataques. “Bateram-me com uma vara de ferro na cabeça e em todo o corpo, e apontavam as pistolas para não reagirmos à pancadaria”, disse Mbanza Hamza. O jovem sofreu fracturas na cabeça, que levou 12 pontos, e no braço direito.
Gaspar Luamba também foi severamente atingido na cabeça com vara de ferro, tendo levado oito pontos, e ficou com os membros inferiores fracturados com a pancadaria. Um dos delinquentes pró-regime também assestou uma barra de ferro na cabeça de Jang Nómada, causando-lhe grande ferimento, para além da pancadaria que recebeu por todo o corpo.
Por sua vez, o rapper Jeremias Manuel Augusto ‘Explosivo Mental’, 25 anos, ofereceu resistência aos ataques na cabeça e acabou com os braços inflamados, um dedo da mão direita fracturado, e hematomas por todo o corpo.
Massilon Chindombe, que procurou refúgio no quarto, contou como um dos assaltantes lhe apontou a pistola quando tentava fechar a porta. ‘Gritámos que estávamos a chamar a polícia e ele riu e respondeu ‘qual polícia’?’ O activista conta que, após o ataque levaram as vítimas ao Hospital Américo Boavida. ‘O Luamba e o Mbanza Hamza perderam muito sangue e estavam semi-conscientes. No hospital um dos enfermeiros começou a suturar o Luamba sem anestesia ou cuidados básicos de higiene. Tivemos de ir para uma clínica privada’, explicou.
Ainda na mesma fonte, pode-se acompanhar, “ao retirarem-se do local do crime, as milícias, segundo várias testemunhas oculares, efectuaram três disparos para afugentar a vizinhança que se começava a reunir na rua, e o fizeram em viaturas Land-Cruiser alegadamente atribuídas a oficiais da Polícia Nacional”.
Pelo exposto, a OMUNGA lembra ter enviado há menos de um mês uma carta aberta dirigida à Comandante Provincial da Polícia Nacional de Luanda a responsabilizá-la sobre a proteção do jornalista Coque Mukuta que vivia ameaças de vida. Desta forma, responsabiliza também a Comandante Provincial da Polícia de Luanda, pela segurança de todos os jovens envolvidos na organização de manifestações em Luanda.
Ao mesmo tempo, responsabiliza o Presidente da República por todo este clima de violência e de amedrontamento que se está a “incendiar” por todo o país, principalmente em vésperas de eleições.

José António M. Patrocínio
Coordenador

AS PRIMEIRAS IMAGENS DAS NOVAS DEMOLIÇÕES NO LUBANGO

A ACC, Associação Construindo Comunidades, através de 2 comunicados denunciou o reaparecer do fantasma das demolições no Lubango. De acordo à reação do ministro Bornito de Sousa, depois deste ter contactado as autoridades locais, é de que na realidade tais informações não corresponderiam à verdade. Recebemos hoje as primeiras fotos que confirmam as informações da ACC. Acreditamos que Bornito de Sousa irá de certeza voltar a contactar as autoridades locais a pedir esclarecimentos já que fica manchada a imagem deste nosso governante. Eis as fotos:

22/05/2012

OS MEANDROS DAS MANIFESTAÇÕES EM ANGOLA: COQUE MUKUTA E CLÁUDIO FORTUNA NO QUINTAS DE DEBATE (áudio)

Embora atrasado, aqui empregamos o velho ditado "mais vale tarde que nunca!. Então com este atraso mas com a vontade de contribuir para o direito e liberdade de informação. Acompanhem:




"ANÁLISE HISTÓRICA DO 27 DE MAIO DE 1977" SERÁ DEBATE NO QUINTAS DE DEBATE

Para muitos, a história de Angola está por ser contada.
O país passou por várias etapas: umas positivas e outras com aspectos um tanto negativos.
A verdadeira reconciliação entre irmãos de um mesmo país faz-se discutindo os seus problemas de forma aberta.
O dia 27 de Maio de 1977 é, de forma clara uma data histórica que marcou o nosso país, não obstante observar-se uma grande falta de informação com relação a este assunto.
A história deve ser contada sem objecção, para que os erros do passado não se voltem a repetir.
Num contexto como este que o país vive, a razão chama-nos para reflectir sobre este assunto, uma vez que se aproxima mais  um aniversário destes acontecimentos.

NOTA DE IMPRENSA
A Associação OMUNGA realiza no próximo dia 24 de Maio do ano em curso, o seu programa quinzenal QUINTAS DE DEBATES. O referido programa, visa proporcionar espaços de diálogo aberto, despido das cores partidárias e juntar visões diferentes sobre temas diversos ligados à política, economia e sociedade.
O programa QUINTAS DE DEBATES, acontece com as atenções viradas às eleições previstas para este ano de 2012, transparência, corrupação e boa governação em Angola.

Com o tema “ANÁLISE HISTÓRICA DO 27 DE MAIO DE 1977, serão prelectores José Fragoso e Lucas Pedro. O debate vai acontecer na ESPLANADA DO HOTEL MOMBAKA, em Benguela, a partir das 15 horas. Haverá ainda o lançamento e venda de um livro sobre o mesmo assunto.

Acompanhe ainda a transmissão em directo pela Rádio Diocesana de Benguela www.rdbacacias.net.


Todos estão convidados a participar no dia 24 de Maio de 2012, a partir das 15 horas.



LOBITO, 21 de Maio de 2012

ACC INSISTE EM DENUNCIAR NOVAS DEMOLIÇÕES NO LUBANGO ENQUANTO BORNITO DE SOUSA DESMENTE NO FACEBOOK

Bairro Dr. António Agostinho Neto (Lage).
Telefone Nº00 244 261220519
Lubango – Angola

2º Informe da sequência das demolições na zona do Arco- Íris

Caros parceiros e amigos

De 11- 17 de Maio de 2012, aproximadamente 20 casas foram demolidas, através da pressão sobre os moradores para que estes retirem as chapas, desresponsabilizando assim o Governo.

Até à presente data, existem 12 casas de famílias descobertas por intimidação dos homens ligados a Administração Municipal do Lubango para retirarem as chapas.

No dia 17 de Maio de 2012 realizamos uma visita de constatação ao local de realojamento, na localidade de Tchituno, verificou-se que não há condições de habitabilidade tais como: a falta de habitação, água, estradas, energia eléctrica, escolas postos de saúde, transporte público, segurança física, mercado informal, lojas com venda de produtos básicos, espaços de lazer … na verdade as pessoas foram atiradas numa zona critica coberta de arbustos espinhosos, cobras e sem apoio de material de construção.

As famílias estão entregues a sua sorte, onde elas próprias, têm de lutar pela sua sobrevivência.

Estes desalojamentos forçados, não tiveram em conta as pessoas doentes com tratamento ambulatório.
     
No local de realojamento encontramos uma senhora com aproximadamente 60 anos de idade, que sofre de trombose, e que neste momento está sem possibilidade de dar sequência ao tratamento de massagens que ela fazia no hospital central.

É de salientar que as famílias cujas suas casas não foram partidas clamam pelo fim das demolições sem uma justa indemnização ou de casa para casa, e que o Governo seja responsabilizado pelos seus actos e más práticas, lembrando sempre dos dois casos de demolições (Tchavola e Tchimukua, Março e Setembro de 2010) cujos seus efeitos negativos continuam.

Lubango 19 de Maio de 2012

PELA ACC
Cecília Gregória Cassapi Augusto
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Enquanto a ACC, associação angolana sediada no Lubango e com o estatuto de Observador da Comissão Africana dos Direitos do Homem e dos Povos, empenha-se na denúncia de mais uma violação flagrante de Direitos Humanos, no Lubango, o ministro Bornito de Sousa desmente tais informações através do facebook. Vai mais além, ao sugerir que a denúncia de tal violação por parte da OMUNGA está a "alimentar ainda mais o incêndio que, certamente de modo não inocente, uma certa entidade religiosa está a promover no Lubango!!!!!"

Eis a reação de Bornito de Sousa no facebook:
Bornito de Sousa
STOP, JOSÉ, STOP !!!!!!!
Desde ha pouco mais de uma hora, o Facebookiano Jose Patrocinio organizou o bombardeamento do meu mural com posts sobre suposta situacao de demolicoes no Lubango. Estamos em contacto com a situacao na Provincia e com entidades que se prestam a representar as populacoes supostamente afectadas. Recomendo ao Jose Patrocinio/Omunga a contactar as entidades locais em vez de alimentar ainda mais o incendio que, certamente de modo nao inocente, uma certa entidade religiosa esta a promover no Lubango !!!!!!


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Achamos por bem relembrar Tchavola/Lubango - 2010, através da publicação de algumas fotos de arquivo: