A 9 de Agosto de
2013, foi a enterrar José Polinário, jovem sem abrigo e morador numa das “paradas”
do Lobito. O enterro teve lugar no cemitério junto ao B.º do Ténis, zona alta
do Lobito.
O facto de
publicarmos esta informação tem a ver com o prolongado tempo que decorreu desde
a confirmação do corpo até ao enterro.
Como tem sido hábito,
sempre que existem cadáveres no hospital do Lobito, sem documentos e sem reconhecimento
por familiares, os responsáveis pela morgue contactam a OMUNGA para que esta
associação possa reconhecer enquanto possível “sem abrigo”.
Foi assim que a 24 de
Julho a coordenadora da Área Ekwatisso, OMUNGA, Nilza Sebastião, reconheceu o
cadáver como sendo o José Polinário, em que a causa da morte foi “tuberculose pulmonar, recaída, paragem insuficiência cardio
respiratória crónica”. Procedeu aos passos normais. Informou-se a
área social da Administração municipal do Lobito para que efectuasse de forma a
realizar-se o enterro condignamente.
Lembramos que em
situações destas em que o defunto é considerado “indigente”, é responsabilidade
da Administração organizar de forma gratuita, as condições de enterro. Isto refere-se
à emissão do Boletim de Óbito, a obtenção do caixão, transporte e o espaço num
dos cemitérios. Infelizmente tais passos não foram dados pela Administração.
Passada uma semana,
os responsáveis da casa mortuária voltaram a contactar a OMUNGA preocupados com
o facto de que o cadáver continuava na morgue.
A OMUNGA voltou a
fazer todos os contactos de forma a pressionar a Administração e é assim que o
enterro apenas ocorreu a 9 de Agosto, depois de cerca de 15 dias do
reconhecimento do corpo.
A OMUNGA demonstra
assim a sua preocupação e espera que tais casos não voltem a acontecer já que
põem em causa o respeito pela dignidade humana.
As imagens são de
Manuel Daniel.
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