06/11/2014

Jovem em situação de rua tem sua sobrevivência ameaçada

Com 28 anos de idade, e com deficiência física, o jovem Braga localizado na zona alta, defronte ao hospital do bairro Lixeira, está a ser expulso da área que ele viu crescer.


Vive naquele local há 10 anos, quando o hospital ainda não estava construído, e nem sequer uma casa lá existia. Quando começou a actuar naquela área, era como mecânico, visto que é um local visível para a estrada. Montou lá a sua barraca de reparação de motas, sendo ele deficiente, não conseguia deslocar-se da barraca até à aréa onde descansava antigamente (centro 16 de junho), mas os seus amigos vendo o estado em que o mesmo se encontrava, ajudavam-lhe a se deslocar.

Vendo que aquela movimentação era muito cansativa, decidiu habitar no local, ao ar livre, depois de trabalhar estendia a sua cama no chão, e dormia suportando assim a chuva, e outros obstáculos principalmente nocturnos.

Quando as casas do centro 16 de Junho, estavam a ser construídas, foram retiradas as tendas e outros objectos para dar lugar as novas habitações, e os seus amigos, recolheram os pedaços de chapas que lá havia e ajudaram-no a construir um abrigo de dois metros por dois, para que ele pudesse ficar mais seguro contra o frio, os insectos, etc.

Depois da construção do hospital, aquela lá real começou a ser ocupada e sendo ele a primeira pessoa a habitar na mesma decidiu tambem marcar o seu pequeno terreno, e como não tem condições para trabalhar, teve que montar uma mota Delope, que ofereceu a um amigo que este por sua vez, fez o caboco e entulhou algumas pedras.

Actualmente apareceu lá um senhor, que alega ser o dono legítimo do terreno que o jovem ocupou uma parte, e diz que o mesmo deve sair de lá, mas como ele é indigente, os amigos acompanharam-lhe na administração para expor a sua situação, mas lá nada adiantou porque foi abandalhado segundo ele, com a resposta de que a sua situação ja estava resolvida.

Actualmente o jovem vive a sustentar o seu irmão mais velho que também é deficiente e pede ajuda às autoridades competentes, e pede que se for para lhe darem um outro local que seja um local que ele consiga exercer os seus trabalhos de forma normal, não um local que lhe cause mais dificuldades tendo em conta o seu estado de físico.
Texto de Domingos Mário e revisão de José PatrocínioFotografias e vídeo de Domingos Mário

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