Mais
de 60 famílias no bairro cabaia que sobrevivem das salinas estão a ser expulsas
sem indemnização nem aviso.
A OMUNGA está preocupada já que pensa que em primeiro lugar dever-se-ia fazer um estudo de impacto ambiental do possível entolhamento das salinas do Lobito. Acreditamos que a produção de sal natural marinho deveria ser protegida, considerando a zona como de interesse ecológico. por outro lado é o ganha pão de muitas pessoas pobres.
Aquelas salinas
existem no local há mais de 30 décadas, quando ainda não existia o chamado
bairro “Cabaia”. São mais de 60 famílias, que sobrevivem daquele local, depois
de terem expulsado muitos das lavras, não sobrou outra fonte de
sustentabilidade daquelas pessoas que precisam alimentar os seus filhos,
manda-los para a escola e muito mais, senão aquela fonte de rendimento de baixa
renda.
De repente aparecem
senhores desconhecidos e mandam entulhar o local. Os salineiros insatisfeitos
foram recorrer a administração municipal, que por sua vez não resolveu nada.
Em entrevista com a
menina Angelina (11 anos de idade, filha de um dos salineiros), ela diz que
estar muito insatisfeita porque se apesar de ser um local e forma inapropriada
para a produção do sal, poderiam ao menos indemnizar as pessoas que sobrevivem
daquele local, para poderem arranjar outros negócios no sentido de não pararem
de sustentar as suas famílias e principalmente as crianças que precisam de
muito apoio.
Os salineiros
questionaram o seguinte: se o governo está a trabalhar para o combate a
pobreza, o que é que está a fazer de concreto? Se as pessoas pobres estão a
ficar cada vez mais pobres?
Fotos e vídeo de Domingos Mário
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