09-09-16
UM DIAGNÓSTICO ÀS
PROPOSTAS DE LEI DA COMUNICAÇÃO SOCIAL, FOI DEBATE EM BENGUELA
A OMUNGA, membro do
GTMDH, conjuntamente com o MISA-Angola, em parceria com a OHI e apoio da OSISA,
realizou mais uma edição do Quintas de Debate, ontém, no Hotel Praia Morena, em
Benguela.
O debate teve como
propósito reflectir sobre as actuais propostas do pacote legislativo sobre a
comunicação provincial, apresentaod pelo rpesidente da república e já aprovado
na generalidade pela Assembleia Nacional, estando em processo de discussão nas
comissões de especialidade.
O debate teve dois
momentos específicos antes de entrar no período de perguntas e respostas. O
primeiro foi animado pelo jornalista Domingos da Cruz que focou-se nos
fundamentos teóricos do jornalismo.
Neste ponto, o
jornalista abordou o que ele considera de alicerces dum bom jornalista e que
serve, de argumento analítico também para a reflexão sobre os conteúdos das
actuais propostas de lei, a filosofia do jornalismo.
No entender de Domin
gos da Cruz, o jornalismo necessita essencialmente de liberdade, autonomia/independência,
verdade, credebilidade, neutralidade e objetividade.
Por outro lado,
Alexandre Solombe do MISA-Angola, reflectiu sobre aquilo que no entender
daquela organização, são os retrocessos no campo dos direitos e das liberdades,
constantes nas atuais propostas.
Começou por descrever um breve percurso
histórico no campo legislativo sobre a matéria em Angola.
Focou essencialmente
sobre a nova entidade reguladora da comunicação social em Angola, a ERCA, que
no entender do MISA, será mais um instrumento político e dominado pelos
partidos políticos, especialmente o que estiver o poder. Lembrar que a ERCA
deverá substituir o actual Conselho Nacional da Comunicação Social.
Demonstrou ainda
preocupação em relação ao facto de nas novas propostas, o Estado se ausentar da
obrigatoriedade de subsidiar a comunicação social ao contrário do que consta na
atual lei em vigor.
O MISA-Angola,
preocupa-se ainda para a tendência elitista que a atual proposta pretende
beneficiar apenas uma parte da sociedade no exercício da actividade
jornalística ao exigir que as entidades a serem autorizadas necessitarão de ter
elevadas somas de dinheiro.
Tocou ainda nos aspectos
da criminalização dos profissionais do jornalismo e das elevadas penas
sugeridas o que pode desde logo impedir o exercício livre da comunicação
social. Por outro lado, criticou o facto das novas propostas quererem exigir a
formação ao nível do ensino superior em comunicação social para que sejam
atribuídas carteiras de jornalistas, uma vez que não corresponde com a essência
jornalísticas. Exemplicou, dizendo que os melhores jornalistas em Angola não
tinham formação superior e por outro lado considerou uma contradição com o
facto de em Angola existirem escolas de formação do nível básico e médio, nesta
área.
Vídeos de Alberto Carlos
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