06/09/16
ACTIVISTA ACUSADO DE
ROUBO QUALIFICADO E DE TRÁFICO DE DROGA, FALA SOBRE A SUA DETENÇÃO
Parece que a tática
de perseguição dos activistas, mudou por parte das instuições do estado,
especialmente aquelas que têm o papel de julgar e de reprimir.
Todos estamos
recordados do mediático caso dos “15+2” e das inúmeras peripécias teatrais que
envolveu o presidente da república, com quem afinal tudo começou, o
procurador.geral da repúblicae a procuradoria, a assembleia nacional, os
auxiliares do rpesidente da república, a polícia, a investigação criminal, o
juíz (que ficou famoso com este caso), todo o judiciário, incluindo o tribunal
constitucional e o tribunal supremo que, até ao momento, não divulga a sua
decisão final sobre o processo, deixando-nos adormecer na já adormecida lei de
amnistia.
Naquela altura, a
tática foi a de, através do medo político, rotular os activistas enquanto
inimigos públicos nº 1, orquestrantes de uma tentativa de golpe de estado e de
pretenderem assim mergulhar o país novamente numa guerra.
Uma tática muito mal
programada, diga-se abono da verdade. De tão mal planificada que o tiro saíu
pela colatra e toda a conjuntura se desmoronou que nem um castelo de cartas
(viciadas).
No entanto, isto não
desmotivou o sistema de continuar a perseguir os activistas e de reprimir todas
as iniciativas de manifestação e protesto, um pouco por todo o país.
É assim agora que, os
órgãos do sistema enveredaram por outra estratégia, crucificar os activistas
como “marginais”.
Aconteceu que a 4 de
Agosto, 4 activistas do Movimento Revolucionário de Benguela foram detidos no
bairro do 2º Tchimbuila, na zona alta da cidade do Lobito. Dois deles, nas suas
residências e enquanto os outros dois foram detidos quando jogavam à bola.
Desta vez, os
activistas são acusados de “roubo qualificado” e de “tráfico de droga”.
Juntaram-se ás acusações factos como o envolvimento dos activistas em “actos de intolerância” política e religiosa. São assim acusados de terem agredido um
cidadão que vestia uma tshirt do MPLA e rasgado a camisa, no Alto Tchimbuila,
terem impedido a realização do congresso da igreja adventista do 7º dia, no
mesmo bairro, assim como impedido a realização de um comício do MPLA no Alto
Liro.
Depois de os
referidos activistas terem sido libertos sob pagamento de caução, a OMUNGA
ouviu Valeriano Kassumuna que falou sobre os factos e sobre as condições
vividas na cadeia.
Vídeo de Domingos Mário
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