Activistas do Movimento Revolucionário de Benguela e dos "15+2" com o Director da OMUNGA
no Governo Provincial de Benguela, quando pretendiam ter um encontro com o Governador (07.07.016)
INFORMAÇÃO
URGENTE
ACTIVISTAS
PRESOS NO LOBITO PODEM SER ACUSADOS
DE
“MELIANTES E ENVOLVIMENTO EM DROGA”
Os activistas Avisto
Botha, Euclides Lucas, Amaro Justino Quintas e Valeriano Kussuma, ligados ao
Movimento Revolucionário de Benguela, continuam detidos desde o dia 4 de Agosto de2016, ao fim da tardem no bairro 2º Chimbuila, na parte alta da cidade do Lobito.
Avisto Botha foi
detido na sua residência, enquanto que Baleriano Kussuma, vizinho de Botha, foi
preso quando se encontrava a lavar a sua motorizada. Já Euclides Lucas e Amaro
Justino Quintas, foram detidos quando estavam a jogar basket junto à escola do bairro.
As detenções
envolveram agentes da polícia da 3ª e 4ª esquadras e 2 viaturas que se
aproximaram a grande velocidade e disparando balas reais. Todos foram levados
para a unidade da 4ª esquadra onde pernoitaram e na manhã de 5 de Agosto foram
transferidos para as instalações dos Serviços de Investigação Criminal do
Lobito, onde se encontram até ao momento.
Ainda não prestaram
declarações mas foram contactados pelo Procurador que, segundo informações dadas
por outros cidadãos, ter-lhes-á dito de que são acusados de “serem meliantes e estarem
envolvidos em drogas”. Têm já passado a ter contactos com as famílias.
Já a 5 de Agosto, a
OMUNGA denunciou que as perseguições aos activistas continuavam. Foi assim que
agentes da polícia fardados e à civil foram à residência de Ricardo Francisco
Pedro Pataca, também no Bairro 2º Chimbuila, junto à escola 17 de Setembro, por
volta das 14 horas, tendo apenas encontrado as crianças que se preparavam para
ir para a escola.. Nessa altura, arrombaram a porta do quarto do activistas e
revistaram tudo sem qualquer mandato, nem a presença de adultos. Os agentes da
polícia voltaram ainda à residência por volta das 17 horas.
Informado do
ocorrido, o pai do activista, Sr. Francisco Kissonde Pataca terá se deslocado à
unidade da 4ª esquadra para saber dos factos, onde manteve contacto com o
comandante da unidade. De acordo às informações, o comandante terá proferido
ameaças contra o activista.
Já por volta das 23
horas, o pai do activista terá conversado telefonicamente com o referido
comandante e informando que o Ricardo Pataca se encontrava na residência e
então terá desafiado para que a polícia aparecesse naquela altura, o que não
aconteceu até ao rpesente momento.
Os agentes da polícia
não voltaram à residência do activista Ricardo Pataca mas o mesmo teme que
possa ser preso na via pública e por isso mesmo sente-se ameaçado.
Perante os factos, a
OMUNGA está extremamente preocupada com esta onda de perseguições e detenções
de activistas e apela para a liberdade imediata dos activistas presos e o fim
do amedrontamento dos activistas.
Lobito, 5 de Agosto
de 2016
José Patrocínio
Director Executivo
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