Foto de O País
Na tarde de hoje, 7 de Agosto, uma equipa da
Sociedade Civil, composta por membros da OMUNGA e da SOS HABITAT-ACÇÃO
SOLIDÁRIA, visitaram o Bairro Walale que está a ser demolido desde 3 de Agosto
de 2016.
Durante a visita puderam constatar que o menor de
14 anos, morto por agentes do Posto de Comando Unificado (PCU) durante a demolição
de cerca de 200 casas inacabadas do Bairro Walale, chama-se Rufino Marceano
António.
Segundo a família, os agentes depois de terem morto
a criança a tiro, ontém 6 de Agosto, levaram o corpo sem dizer nada e, hoje, a
família foi informada pela policia de que o corpo encontra-se na morgue do
Hospital Maria Pia. A família de Rufino, prevê realizar o funeral amanhã, 8 de
Agosto.
Hoje de manhã, os moradores do Bairro Walale
receberam uma notificação da Sociedade de Desenvolvimento da Zona EconómicaEspecial Luanda-Bengo (ZEE-EP) a informar aos moradores de que têm 15 dias para
demolirem as suas próprias casas, findo o prazo a ZEE irá “proceder à demolição
compulsiva”, uma situação que está a preocupar os moradores.
Amanhã, parte dos moradores do Bairro Walale, irá
se ocupar do funeral do menor Rufino Marceano António e outros irão marchar até
à Administração de Viana em protesto contra a demolição do bairro. Os cartazes
serão cópias da notificação que a ZEE-EP deu aos moradores.
A SOS HABITAT segundo o seu coordenador, Rafael Morais, irá contratar um advogado para
a família do menor Rufino para que a justiça seja feita. Muitos moradores
disseram à equipa da OMUNGA e SOS HABITAT, que possuem aquela terra há mais de
50 anos e construíram ali as suas casas já há muito tempo, muito antes de surgir a ZEE-EP.
Pela SOS Habitat
Rafael Morais
Pedro Narciso
Pela OMUNGA
Jesse Lufendo
Redator: Jesse Lufendo
Revisão: José Patrocínio
Vídeo retirado de Estevão Kachiungo Kachiungo (facebook)
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