A OMUNGA e a ACC,
representando o GTMDH fizeram uma visita de acompanhamento ao Curoca, província
do Cunene. Estiveram ainda na comitiva o Diretor Executivo da OHI e um membro
dos “15+2”.
A visita deveu-se ao
facto de que, a 25 de Julho, uma delegação da Casa Civil reuniu-se com aquelas
comunidades e deixou uma decisão de que as máquinas do Projecto
privado "Agro-Industrial Horizonte 2020", não poderiam voltar a
trabalhar fora do perímetro já demarcado até novas decisões. Entretanto, os
tratores voltaram a tentar devastar as terras das comunidades e foi que, a 5 de
Agosto, um grupo de 10 mulheres se opôs obrigando que o gerente, Sr. Miguel, do
referido project,o dialogasse com as mesmas.
Infelizmente o diálogo não foi ameno e o
referido gerente ameaçou as comunidades dizendo que as máquinas iriam continuar
a trabalhar porque não tinha recebido nenhuma ordem em contrário e porque
precisaria em Setembro de fazer a sementeira.
Perante esta atitude, o GTMDH ouviu as
comunidades (10.08.2016), realizou um Quintas de Debate na manhã de 11 de
Agosto e teve um encontro com o Vice Givernador do Cunene na tarde deste mesmo
dia.
O importante é que as autoridades irão exigir
que as máquinas do projecto não voltem a trabalhar fora do referido perímetro
para além de, representantes da Comissão do governo provincial que acompanha
este processo, das comunidades e do referido projecto, tomem contacto no terreno
dos devidos marcos a partir dos quais não podem mais, as máquinas avançar,
sendo estes, defenidos pelas comunidades.
Um dos membros das comunidades, nas suas
declarações, afirmou “Nós não vamos sair daqui porque esta terra não-nos foi
dada por nenhuma pessoa! Esta terra quem nos deu é Deus (...)
Os nossos pais, os nossos avós, os nossos
bisavós, todos morreram nesta terra.
Quando chegaram começaram a destruir alguns
cemitérios, estragou cemitérios, estragou muitas coisas e aqui, querem-nos
retirar daqui!”
Acompanhe as declarações de Kaicoewa Tchipofwe
Reportagem de Domingos Mário
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