27/04/2017

CRIANÇAS DE ESCOLAS PÚBLICAS CONTINUAM SUAS ACTIVIDADES EM OFICINAS EXTRA-ESCOLARES

CRIANÇAS DE ESCOLAS PÚBLICAS CONTINUAM SUAS ACTIVIDADES EM OFICINAS EXTRA-ESCOLARES
Lobito, 27-04-2017

Em Fevereiro deste ano, a OMUNGA arrancou com um projecto, dentro do OKUPAPALA, e apoiado pela embaixada do Canadá, de actividades extra-escolares que se propõem a promover a consciência ambientalista e cidadã.

Dentro das actividades, realizam-se oficinas temáticas, visitas de interesse, excursões, apresentações e debates.

O projecto envolve as direcções escolares, os professores e os encarregados de educação que participam na organização e implementação das referidas actividades.

Foi assim que a OMUNGA ouviu inicialmente as expectativas das crianças.


Ao fim de dois meses de arranque dos trabalhos, a OMUNGA ouviu a opinião de monitores das oficinas de jornalismo que fizeram a sua avaliação.

Livulo Prata, um dos voluntários, acha que “gradualmente vai-se notando que as crianças, aquilo que têm aprendido, têm posto em prática, porque é notório que sempre que damos aulas, antes de começar, fazemos a retrospectiva da aula anterior. Isto faz-me ter uma avaliação positiva e gradual.”

O activista considera também que o envolvimento dos pais é importante ao considerar que “quando se fez a visita às casas dos pais, em que os pais dizem que eles quando chegam em casa, os alunos, os seus filhos conseguem explicar aquilo que tem sido as aulas”.

Disse ainda que “os pais dizem que quando os filhos chegam em casa, perguntam, onde estavam, os filhos dizem que estavam na formação e acabam por dizer, fazem a retrospectiva aos pais [sobre] aquilo que tem sido a formação aqui na OMUNGA”.

Segundo Livulo Prata, as crianças, “mesmo não tendo material, pegam nos telefones dos pais, ou uma lata, parecendo ser um gesto de demonstração, pegam aquilo como se fosse câmara e fazem esse exercício lá no bairro”.

Para o monitor da oficina de vídeo/jornalismo na escola do Ngolo D’areia, “fruto disto, os pais demonstraram também de querer ter uma formação na presença dos filhos”.


Já para Eduardo Ngumbe, o facilitar da oficina de vídeo/jornalismo na escola do Bº 27 de Março, considera ser difícil “fazer-se um jornalista sem que saiba manusear um computador”. Por isso, considerou que “a OMUNGA dentro do seu quadro de programas que antes, com as crianças era de jornalismo e vídeo participativo, achou por bem acrescentar mais a formação de computador. Eles têm que ter o ABC do computador para que desde tenra idade aprenderem o uso desta ferramenta para que não lhe seja novidade no futuro próximo”.

Os activistas da OMUNGA tentaram também ouvir as crianças que disseram que estão a aprender “o teclado e o computador que faz investigar na internet”.

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