21/08/2011

QUEM DEVE A QUEM?

Como adoro tirar prazer no prazer de olhar as coisas, partilho convosco o email recebido do meu amigo Jofre. Podem lê-lo:

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Abaixo, Um forte Apelo a outra forma de ver o Mundo que torna a ocupação espanhola como exemplo.
Atrevo me a acrescentar um pouco de mais Império, na primeira globalização, agora vendo o lado português.
E começo por recordar a região de Minas Gerais e a famosa rota do barroco com os seus génios mulatos como o Aleijadinho.
Para lembrar as n igrejas com o interior coberto de talha de ouro do chão ao teto e os famosos santos ocos que visivelmente serviram de meio de transporte, clandestino, de ouro do Brasil para o Vaticano.
E, claro lembrar as n tentativas de em África descobrir também ouro pedras preciosas etc, sem resultados visíveis !
( Foi necessário chegar a mineração da UNITA para "descobrir" as imensas minas de diamantes angolanas, na verdade ali sempre presentes e sempre escondidas)
Seguindo as suas raízes árabes o Império português construiu se por via do fenómeno que foi o de batizar as almas africanas dando lhes assim os céus e escravizar os seus corpos criando o inferno na Terra!
No entanto, não foram poucos os libertos, no Brasil, em Angola, ou S Tome, ou Cabo Verde, nem foram poucos os esclavagistas negros Nas mesmas áreas.
Porque neste Império não foram poucos os tempos onde a mestiçagem dominou no Império, como com o mulato Marques de Pombal!
Verdade verdadinha a par do ouro deixado nas igrejas do Brasil, e do transportado nos santos ocos para o Vaticano, vale ainda recordar o roubo perpetrado por franceses e ingleses aquando das Invasões francesas e ocupação inglesa!
Este Império Teocratico Salvacionista como o define e bem o brasileiro Darcy Ribeiro, construiu o Brasil, Angola, Cabo Verde, Sao Tome e Príncipe, Guine Bissau, Moçambique e Timor definindo fronteiras de uma forma que ainda assim subverteu a Conferência de Berlim...

Joffre Justino

Iniciar a mensagem reencaminhada:

De: Maria José Gonçalves
Data: 20 de Agosto de 2011 11h59min27s WEST
Para: Maria José Gonçalves
Assunto: FW: : Discurso do Embaixador do México... MONUMENTAL LIÇÃO DE HISTÓRIA !
MONUMENTAL LIÇÃO DE HISTÓRIA !
Abandonemos, ainda que por momentos, o preconceito que se instalou nas nossas cabeças em consequência da maneira como nos foi ensinado a História e apreciemos este discurso:

DISCURSO DO EMBAIXADOR MEXICANO

Um discurso feito pelo embaixador Guaicaípuro Cuatemoc, de ascendência indígena, sobre o pagamento da dívida externa do seu país, o México, embasbacou os principais chefes de Estado da Comunidade Europeia. ·

A Conferência dos Chefes de Estado da União Europeia, Mercosul e Caribe, em Madrid, viveu um momento revelador e surpreendente: os Chefes de Estado europeus ouviram perplexos e calados, um discurso irónico, cáustico e historicamente exacto. ·

"Aqui estou eu, descendente dos que povoaram a América há 40 mil anos, para encontrar os que a "descobriram" há 500... O irmão europeu da alfândega pediu-me um papel escrito, um visto, para poder descobrir os que me descobriram. O irmão financeiro europeu pede ao meu país o pagamento, com juros, de uma dívida contraída por Judas, a quem nunca autorizei que me vendesse. Outro irmão europeu explica-me que toda a dívida se paga com juros, mesmo que para isso sejam vendidos seres humanos e países inteiros, sem lhes pedir consentimento. Eu também posso reclamar pagamento e juros.
Consta no "Arquivo da Companhia das Índias Ocidentais" que, somente entre os anos de 1503 a 1660, chegaram a São Lucas de Barrameda 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata provenientes da América. · Teria aquilo sido um saque? Não acredito, porque seria pensar que os irmãos cristãos faltaram ao sétimo mandamento! · Teria sido espoliação? Guarda-me Tanatzin de me convencer que os europeus, como Caim, matam e negam o sangue do irmão.
· Teria sido genocídio? Isso seria dar crédito aos caluniadores, como Bartolomeu de Las Casas ou Arturo Uslar Pietri, que afirmam que a arrancada do capitalismo e a actual civilização europeia se devem à inundação dos metais preciosos tirados das Américas. · Não, esses 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata foram o primeiro de tantos empréstimos amigáveis da América destinados ao desenvolvimento da Europa. O contrário disso seria presumir a existência de crimes de guerra, o que daria direito a exigir não apenas a devolução, mas uma indemnização por perdas e danos. ·
Prefiro pensar na hipótese menos ofensiva. ·
Tão fabulosa exportação de capitais não foi mais do que o início de um plano "MARSHALL MONTEZUMA", para garantir a reconstrução da Europa arruinada por suas deploráveis guerras contra os muçulmanos, criadores da álgebra e de outras conquistas da civilização. · Para celebrar o quinto centenário desse empréstimo, podemos perguntar: Os irmãos europeus fizeram uso racional responsável ou pelo menos produtivo desses fundos? · Não. No aspecto estratégico, delapidaram-nos nas batalhas de Lepanto, em navios invencíveis, em terceiros reichs e várias outras formas de extermínio mútuo. · No aspecto financeiro, foram incapazes - depois de uma moratória de 500 anos - tanto de amortizar capital e juros, como de se tornarem independentes das rendas líquidas, das matérias-primas e da energia barata que lhes exporta e provêm todo do Terceiro Mundo. ·
Este quadro corrobora a afirmação de Milton Friedman, segundo a qual uma economia subsidiada jamais pode funcionar, o que nos obriga a reclamar-lhes, para seu próprio bem, o pagamento do capital e dos juros que, tão generosamente, temos demorado todos estes séculos para cobrar. Ao dizer isto, esclarecemos que não nos rebaixaremos a cobrar de nossos irmãos europeus, as mesmas vis e sanguinárias taxas de 20% e até 30% de juros ao ano que os irmãos europeus cobram dos povos do Terceiro Mundo. ·
Limitar-nos-emos a exigir a devolução dos metais preciosos, acrescida de um módico juro de 10%, acumulado apenas durante os últimos 300 anos, concedendo-lhes 200 anos de bónus. Feitas as contas a partir desta base e aplicando a fórmula europeia de juros compostos, concluimos, e disso informamos os nossos descobridores, que nos devem não os 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata, mas aqueles valores elevados à potência de 300, número para cuja expressão total será necessário expandir o planeta Terra. · Muito peso em ouro e prata... quanto pesariam se calculados em sangue? ·
Admitir que a Europa, em meio milénio, não conseguiu gerar riquezas suficientes para estes módicos juros, seria admitir o seu absoluto fracasso financeiro e a demência e irracionalidade dos conceitos capitalistas. · Tais questões metafísicas, desde já, não nos inquietam a nós, índios da América.
Porém, exigimos a assinatura de uma carta de intenções que enquadre os povos devedores do Velho Continente na obrigação do pagamento da dívida, sob pena de privatização ou conversão da Europa, de forma tal, que seja possível um processo de entrega de terras, como primeira prestação de dívida histórica...
"

Quando terminou o discurso diante dos chefes de Estado da Comunidade Europeia, Guaicaípuro Guatemoc não sabia que estava expondo uma tese de Direito Internacional para determinar a verdadeira Dívida Externa...

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