02/06/2009

MORADORES DE RUA CONVIDAM DEPUTADOS

REF.ª: OM/___123____/09
LOBITO, 29 de Maio de 2009

NOTA DE IMPRENSA

MORADORES DE RUA CONVIDAM DEPUTADOS
DA 9.ª COMISSÃO DA ASSEMBLEIA NACIONAL

Jovens moradores de rua, assentados pela Administração Municipal do Lobito no ex. Centro 16 de Junho (B.º da Lixeira), há mais de um ano, continuam a viver em condições sub-humanas.

A 27 de Abril de 2009, receberam a visita de uma delegação da Comissão Europeia, chefiada pelo Sr. Embaixador João Gabriel Ferreira. Os jovens aproveitaram a ocasião para fazer a entrega de uma carta onde, para além de exporem os seus problemas, solicitavam a intervenção da Comissão Europeia junto do Governo de Angola para que o mais rapidamente possível poderia cumprir com as promessas assumidas ainda antes da movimentação e assentamento das crianças e jovens, como solicitaram ainda à Comissão Europeia para que divulgue internacionalmente a violação dos seus direitos.

Em consequência dessa visita, a Sr.ª Áurea Machado, funcionária da Comissão Europeia em Angola e integrante da delegação, fez uma carta aberta à 9.ª Comissão da Assembleia Nacional (também publicada no Angolense) onde expõe as condições indignas em que se encontra esta comunidade num país que se gaba (o governo) pelas maiores taxas de crescimento económico mundial.

A situação desumana em que vivem aqueles jovens fê-los dirigir um convite aos Srs. Deputados da 9.ª Comissão da Assembleia Nacional para que visitem o local e possam assim confirmar as condições em que a Administração Municipal do Lobito mantém dezenas de cidadãos. O mesmo convite foi formulado também ao Sr. Governador Provincial de Benguela.

Até ao momento ainda não receberam qualquer resposta em relação às suas cartas, como também não foram recebidos pelo Sr. Administrador Municipal do Lobito ao qual lhe foi enviado um pedido de audiência.

Perante tal situação, os jovens pensam implementar um plano de actividades que permitam visualizar as suas condições e seus objectivos, programando uma marcha em data a marcar, entrevistas aos órgãos de comunicação social local e a deslocação a Luanda para tentarem ter encontros com as diferentes individualidades do aparelho do Estado, de organismos internacionais, representantes de governos estrangeiros e encontros com a média, entre outras.

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