26/03/2013

CRIANÇAS SOLDADO ESQUECIDAS EM ANGOLA


Durante os muitos anos de guerra em Angola, as partes em conflito utilizaram crianças e adolescentes nas suas frentes de combate, contrariando todos os tratados internacionais de direitos da criança sobre esta matéria.

Na altura da assinatura dos acordos de paz, fez-se silêncio absoluto sobre este assunto. As crianças soldado, quer as que ainda se encontravam nessa situação, como aquelas que, por diferentes motivos, se encontravam já fora de ambos exércitos, ficaram assim silenciadas. As partes aceitaram e promulgaram a amnistia!

Manel é um jovem que foi raptado, num grupo de cerca de 300 órfãos, do lar do Bailundo, na altura em que a UNITA ocupou aquele município. O lar era uma instituição pública. Os responsáveis por aquele centro abandonaram completamente aquelas crianças como muitos idosos que ali também se abrigavam. Não temos conhecimento de qualquer passo dado pelo governo de Angola junto das Nações Unidas ou da União Africana para que fossem tomadas medidas de proteção daquelas crianças, durante o período de conflitos.

Depois da fuga das fileiras da UNITA, com outros companheiros, Manel tem desenvolvido uma série de passos para que seja reconhecida a sua situação e que beneficie das políticas de proteção social. Todo o seu percurso é demonstrado numa entrevista que concedeu à Brigada Jornalística da OMUNGA. O acreditar nos seus direitos e a fé na sua luta, têm-no levado a redigir cartas às mais diversas instâncias. Uma história cheia de exemplos.

Acompanhem aqui a entrevista:











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