A Rede Municipal da Criança do Lobito, tem um percurso que vem de 2000 - 2001. Tem sempre atravessado arranques, estímulos e falências. A primeira fase foi apoiada pela Save the Children - UK, principalmente. Na altura o UNICEF estava também bastante empenhado na construção das redes. A OMUNGA fez parte de todo este processo. Por isso avalia e sugere! Nesta primeira fase, várias intervenções importantes devem ser marcadas. Paralelamente à criação da rede de instituições, constituiu-se a rede dos educadores sociais e ainda, uma rede da criança, constituída por crianças. Esta rede tinha representantes de escolas, de paradas da rua, enfim, aparentemente representada pela diferenciação das crianças. Ao mesmo tempo, nesta altura, consegue-se que o governo admita existirem crianças de rua e, mais, descobre-se que as meninas de rua não paravam nas ruas do Lobito mas iam diretamente para Luanda. Embora o governo tivesse que aceitar a existência das crianças a viverem na rua, decidiu, por facilidade, argumentar a sua existência com o factor da guerra. Afirmava que esse grupo era constituído por órfãos ou deslocados de guerra. O primeiro estudo provou precisamente que tal argumentação era errada. As crianças viviam na rua por questões socio-económicas. Realizou-se o FÓRUM CRIANÇA em 2001, de 13 a 15 de Junho. Houve discursos e conclusões. O governador provincial da altura, Dumildes da Chagas Rangel, fez os discursos de abertura e de encerramento. A rede envolvia as instituições governamentais e não governamentais. A rede morreu. A Save the Children - UK foi-se embora!
A Rede volta a ressuscitar entre 2007-2008. Novamente ONG internacionais interessadas em reforçar este espaço, como Médicos do Mundo - França, CIES, Cruz Vermelha de Espanha e Irmãs Oblatas, articulam esforços com a OMUNGA. A dinâmica deste grupo faz a rede ressurgir e ter momentos de bastante atividade. Principalmente em relação às crianças que vivem nas ruas. Volta-se a realizar uma Conferência da Criança com bastante impacto. Discursos! Conclusões! E voltou a morrer!
Por iniciativa da Administração Municipal do Lobito, se dá o ressuscitar da rede. O terceiro arranque! Numa reunião na administração municipal, elege-se a coordenação. Ao contrário das anteriores iniciativas em que o INAC e o governo geriam a coordenação, desta vez, a coordenação passa a ser de duas organizações da sociedade civil. O CRB, enquanto coordenador e a OMUNGA ocupa a vice-coordenação. Será diferente? A 26 de Abril, realizou-se o primeiro encontro após a constituíção do grupo coordenador. O encontro contou com pouca participação de organizações convidadas. Que rede vai-se construir? Terá capacidade de desenvolver as suas acções? Presidiu à abertura a Isabel Albino Faustino, em representação da Administração municipal e encerrou o ato o representante do INAC municipal. É para se perguntar: Vai ter pernas para andar?
Este encontro que estava previsto ser realizado na Administração municipal do Lobito, pelo facto de a sala estar em obras, foi realizado amavelmente na escola Cte. Saidy Mingas, no Compão.
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