05/02/2013

DEPOIS DE PROMESSAS, GERÊNCIA DA SHOPRITE INSISTE NO DESPEDIMENTO DOS GREVISTAS E TRABALHADORES VOLTAM A MANIFESTAR-SE

O processo SHOPRITE continua sem vislumbrar-se final justo. De acordo às informações que a OMUNGA tem vindo a recolher no terreno, junto de trabalhadores e representantes da entidade sindical, a entidade patronal não apresenta seriedade para desenvolver um processo negocial. 

Várias foram as atitudes menos sérias por parte empregadora:
1 - Utilização da polícia e de segurança privada para reprimir a greve;
2 - Insultos aos trabalhadores;
3 - Ameaça de despedimento dos trabalhadores em greve;
4 - Utilização dos fura-greves.

A greve da SHOPRITE é acompanhada pelo Sindicato do Comércio. De acordo aos responsáveis do sindicato, os trabalhadores cumpriram com os pressupostos:
a) Realizaram a reunião de trabalhadores onde aprovou o caderno reivindicativo e constituiu a Comissão de Negociação;
b) Aceitou a proposta da entidade empregadora em adiar a greve para manter um encontro marcado para 5 de Janeiro;
c) A entidade empregadora faltou ao encontro e os trabalhadores reuniram-se e decidiram iniciar a greve;
d) A entidade empregadora fez recurso à polícia nacional para ameaçar, prender e impedir a greve;
e) Manteve-se um encontro na Administração Municipal onde estiveram presentes todas as partes, incluindo a polícia nacional e houve garantias de que os grevistas não seriam mais reprimidos;
f) A 30 de Janeiro, um representante da entidade empregadora, Sr. Stefan, compareceu no local insultando os trabalhadores e rasgando os cartazes, não mantendo qualquer encontro de negociação;
g) A polícia nacional e agentes da empresa privada OMEGA voltam a utilizar a força contra os trabalhadores em greve;
h) A 2 e 3 de Fevereiro, representante da entidade empregadora reuniu-se com a comissão negociadora, decidindo pelo despedimento de todos os trabalhadores em greve;
i) A entidade empregadora utiliza fura-greves, trabalhadores de uma sucursal e mantém a decisão verbal de despedimento;
j) A 5 de Fevereiro os trabalhadores em greve e "despedidos verbalmente" voltam a montar o seu piquete da greve.

SOLIDARIEDADE PARA COM OS TRABALHADORES EM GREVE DA SHOPRITE
Outros links sobre esta matéria:
http://quintasdedebate.blogspot.com/2013/02/continua-greve-da-shoprite-e-entidade.html 
http://quintasdedebate.blogspot.com/2013/01/shoprite-do-lobito-em-greve.html
http://quintasdedebate.blogspot.com/2013/01/shoprite-em-greve-quem-da-ordem-para.html





1 comentário:

José Armindo disse...

Estou solidário com a greve. O direito a greve é das grandes conquista que os angolanos tiveram com entrada do multipartidarismo e que está consagrado constitucionalmente no artigo 51.° da CRA e vem regulado pela lei 23/91. Quando os trabalhadores não estão satisfeito com as condições de trabalho podem e devem entrar em greve. Esses despedimentos são nulos. Também podem evocar as normas da OIT visto que Angola aderiu a tais normas. O sr. Patrocínio tem feito um bom trabalho.