Não há mais respeito
pelos mortos?
Cemitério
municipal do Lobito em situações precárias.
O cemitério de
um dos municípios mais importantes de Angola em situações altamente inaceitáveis.
A informação veio a ser descoberta, quando no passado 16 de julho, as
organizações da sociedade civil deste município visitaram à casa municipal dos
mortos, e ficaram chocados pela forma que viram e ouviram sobre aquele local e
sobre as pessoas que lá trabalham.
O local não
beneficia de qualquer vedação, e qualquer pessoa pode confundir o cemitério como uma área abandonada
devido à altura do enorme capim que cobriram as campas; O escritório/casa onde
os coveiros recebem as famílias em infelicidade para registarem os entes a
enterrar, foi construída à base de ferro velho, papelão, migalhas de chapas,
esteiras, bidons, e outros plásticos apanhados no lixo; Os coveiros já estão há quase 3 anos sem
salário e a única ajuda que recebem do governo é água (que nem sempre tem).
Os coveiros não
têm dinheiro para comprar comida para as suas casas, pelo contrário dependem
das suas mulheres, camponesas para serem sustentados visto que há 3 anos que não
vêm sequer uma nota vinda do seu empregador;
São pessoas maiores de 50 anos,
que deviam estar já na reforma. Segundo eles não receberam nenhuma informação
sobre a mudança do local de atendimento muito menos sobre a data em que vão
receber os seus subsídios, e a última vez que tentaram entrar em greve os
outros foram demitidos.
O
representante do Ciclo Rastafari da Benguela (CRB) também mostrou o seu
descontentamento, dizendo que aquela condições são altamente péssimas, e não se
acredita que ainda existam funcionários do governo naquelas condições.
Reportagem de Domingos Mário
Revisão de José Patrocínio
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