REDE TERRA
CONSÓRCIO TERRAS HUILA
FÓRUM TERRAS KUANZA-SUL
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CONFERÊNCIA NACIONAL SOBRE ESTRATÉGIAS
CONFERÊNCIA NACIONAL SOBRE ESTRATÉGIAS
CONJUNTAS DAS ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE
CIVIL NO ÂMBITO DAS QUESTÕES DE TERRA EM ANGOLA
Cidade do Sumbe (Kuanza-Sul), 18 e 19 de Junho de 2009
Declaração do Sumbe
1. Nota Prévia
Em razão da crescente procura da terra e os conflitos dela emergentes, impõe-se a necessidade da adopção de uma estratégia conjunta de monitoria e advocacia de actores que directa ou indirectamente trabalham e lidam com a problemática fundiária, visando dentre outros resultados a identificação da natureza e fundamentos dos problemas que no actual contexto enfermam e põem em causa o exercício de direitos humanos na perspectiva fundiária.
Foi com este propósito que de 18 a 19 de Junho do corrente ano teve lugar na cidade do Sumbe uma Conferência sob o financiamento da Novib, uma Organização internacional, que congregou:
2. Participações
Rede Terra e seus membros a ADRA, ACM-K/SUL, AFEDER, APN, COOPCAM, DW, MIAZAZA, CENTRO NACIONAL DE ACONSELHAMENTO, SOS-CEDIA, INACAD;
O Consórcio Terras Huila, as Organizações Nacionais e Estrangeiras como a ADRA, ADESPOV, AMEH, COPOLUA, CARITAS, OCADEC, ACF, ASY, AJAFDA, DASEP-IECA, ASIDPV, ADLK, SNH e MAFIKU;
O Fórum Terra K/Sul é o conjunto das organizações Nacionais e Estrangeiras como ACM/K-Sul, AAD, AAEA, ACCDANA, AFRICARE, ASBC, CHOFA, COIEPA, É NOSSA, GLIV, JOSSOTUR, KISSOKO e OIKOS;
Fizeram ainda parte da conferência as organizações provenientes da Província do Huambo, nomeadamente, o PNUD e a CASA ECOLÓGICA.
As Organizações da sociedade civil do Leste de Angola, designadamente o Centro de Apoio à Promoção e Desenvolvimento de Comunidades (CAPDC) e a União para o Desenvolvimento da Sociedade Civil (UNDSCA);
As Instituições do Governo da Província do Kuanza-Sul, nomeadamente, a Direcção Província do Urbanismo e Ambiente, a Direcção Provincial das Obras Públicas, a Direcção Provincial da Agricultura e Desenvolvimento Rural;
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), a Ajuda Popular da Noruega (APN);
Representantes das Comunidades Rurais do Município da Humpata, Província da Huíla, incluindo os representantes do Município da Conda, Província do Kwanza-Sul.
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3. Constatações
· Falta da Uniformização de Critérios na Aplicação da Lei.
· Desactualizado o Cadastro e Ausência de uma Única Base de Dados sobre a Gestão e Organização do Território.
· Deficiente Aparelho e Procedimento Administrativo.
· Ausência de uma Política de Divulgação e Diversificação de Informação sobre os Direitos Humanos.
Dessas Constatações e uma vez conferidos com profundidade os problemas actuais dentre outros os acima apresentados, as Organizações em Conferência apelam para:
· Extensão do prazo para a regularização de ocupações informais.
· O estabelecimento de mecanismos claros e uniformes para a regularização de concessões.
· Que as instituições ligadas à gestão de terras sejam dotadas de recursos humanos, técnicos e financeiros para cumprirem com os respectivos mandatos.
· Harmonização e regulamentação das taxas sobre a terra a nível nacional.
· Cessação das demolições sem mandatos e/ou ordem de um tribunal.
· Uma política de gestão urbana que estabeleça mecanismos que limitem e previnam os desalojamentos forçados e as demolições, tendo em consideração os meios de vida das comunidades e dos agregados familiares afectados.
· Que o empresariado privado adopte medidas de responsabilidade social corporativa.
· Que o Estado crie ou reforce as leis e mecanismos de fiscalização para a efectivação da responsabilidade social das empresas, salvaguardando os direitos e a inclusão das comunidades residentes em zonas de exploração.
· Que o processo de concessão e emissão de títulos sobre terrenos rurais seja instruído de base para o topo e não o contrário.
Luanda, 10 de Dezembro de 2009
(Data da Declaração Universal dos Direitos Humanos).
Os participantes à Conferência
(As Organizações acima mencionadas)
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