Oficiais angolanos, supostamente a pedido oficial do presidente Líbia, Muammar Kadhafi, e, por isso, não enquadráveis na designação de mercenários, estão em Tripoli para tentar manter o regime.
Embora também tenham seguido para a Líbia militares de infantaria, o contingente angolano deverá ter apenas uma missão de coordenação e comando das operações que serão levadas a cabo pelos milhares de mercenários oriundos de váris países africanos, mas não só.
Assim, ao lado de mercenários ucranianos, também pilotos angolanos estão a servir o que resta da Força Aérea da Líbia que, nas últimas horas, tem assistido à deserção de muitos dos seus militares.
Entre outros, os Mirage F1 líbios estão a atacar as zonas hostis da rebelião, tendo ao comando sobretudo estrangeiros para quem o povo não passa de mais um alvo, posição que não foi aceite pelos pilotos líbios.
Apesar de os pilotos angolanos serem especialistas em aviões de combate de outro tipo, caso dos MIG-23, MIG-21 e o Sukkoi 27, parece que não têm dificuldade em pilotar outras aeronaves. Além disso, há sempre a possibilidade de fazer deslocar para a Líbia alguns dos aparelhos angolanos.
Fontes angolanas admitem que os militares que já estão na Líbia, bem como outros que vão a caminho, estavam baseados desde há semanas em países vizinhos de Angola, numa estratégia preparada em conjunto por Luanda e Tripoli.
As forças leais a Muammar Kadhafi, com predominância para os mercenários, parecem ter assegurado o controle de Tripoli, esperando-se agora uma forte ofensiva, sobretudo sustentada na força aérea, contra alguns dos bastiões do interior que tinham sido
Conquistados pela oposição.
No leste da Líbia, onde o poder passou para as mãos da oposição, os revoltosos garantem que se não fosse o apoio dos mercenários, “sobretudo africanos”, Tripoli já estaria em seu poder.
Apesar de as forças que se opõe a Kadhafi controlarem toda a zona costeira oriental do país, região onde se concentra a maior parte da riqueza petrolífera, observadores internacionais temem que ao passar a Força Aéra para as mãos dos mercenários, Kadhafi esta a equacionar uma política de terra queimada que passará pelo bombardeamento das estruturas petrolíferas.
Apesar de ter conscientemente um exército fraco, facto que evitaria um golpe militar, Kadhafi depositava confiança na sua Força Aérea, entendendo-a não só como fiel mas também eficaz no contexto do país.
Perante as deserções, algumas com os próprios aviões, Kadhafi accionou o seu plano B que passa pela compra de um forte contingente paramilitar e pelo recrutamento de mercenário, todos pagos a peso de ouro.
Publicada por Orlando Castro em 15:05
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