A organização Habita desenvolve uma campanha contra as demolições do Bairro Santa Filomena, Amadora, Portugal e de solidariedade com a luta dos moradores.
Nesta conformidade a OMUNGA endereçou uma carta ao Presidente da Câmara da Amadora, Joaquim Moreira Raposo.
Para se envolver nesta campanha, pode ser utilizado o modelo da carta da OMUNGA e enviar um email para:
Para os partidos representados na Assembleia Municipal: geral.am@cm-amadora.pt
Lobito, 3 de JULHO de 2012
Ao Exmo. Sr.
Presidente da Câmara Municipal da Amadora
Joaquim Moreira Raposo
ASSUNTO: A DEMOLIÇÃO DE CASAS SEM ALTERNATIVAS E SEM POLÍTICA ADEQUADA PARA TODOS É UM ATENTADO CONTRA A VIDA DAS PESSOAS
Portugal está a atravessar uma das mais graves crises da história recente. Altos níveis de desemprego, insegurança e incerteza sobre o nosso futuro coletivo exigem agir em conformidade, nomeadamente, através do backup de um conjunto de direitos básicos, tais como o direito à habitação e planejamento urbano (artigo 65 da Constituição da República de Portugal).
A demolição do bairro de Santa Filomena - sem alternativas realistas e viáveis apresentadas a esses moradores e habitantes, tanto para pessoas que não foram identificados, há 20 anos, como para as pessoas, que com o passar do tempo, mudou a estrutura ou o tamanho do seu agregado familiar - não só demonstra a insensibilidade à situação de vulnerabilidade social e econômica que muitos deles passam, como para a dignidade das pessoas, e é, portanto, um inaceitável ataque a um dos direitos mais elementares da democracia portuguesa. Dezenas de crianças, idosos, pessoas com problemas de saúde e/ou desempregados serão, pela Câmara Municipal da Amadora, atirados numa posição de extrema vulnerabilidade que poderá comprometer sua própria sobrevivência.
A demolição do bairro de Santa Filomena - sem alternativas realistas e viáveis apresentadas a esses moradores e habitantes, tanto para pessoas que não foram identificados, há 20 anos, como para as pessoas, que com o passar do tempo, mudou a estrutura ou o tamanho do seu agregado familiar - não só demonstra a insensibilidade à situação de vulnerabilidade social e econômica que muitos deles passam, como para a dignidade das pessoas, e é, portanto, um inaceitável ataque a um dos direitos mais elementares da democracia portuguesa. Dezenas de crianças, idosos, pessoas com problemas de saúde e/ou desempregados serão, pela Câmara Municipal da Amadora, atirados numa posição de extrema vulnerabilidade que poderá comprometer sua própria sobrevivência.
Vimos pela presente mostrar a nossa indignação com a atual abordagem tomada pelo executivo municipal, a minha solidariedade para com as pessoas e moradores do bairro de Santa Filomena e exigir a suspensão imediata do processo de demolição em curso. Construção da cidade socialmente justa e territorialmente sólida não pode ser feita à margem das necessidades e direitos daqueles que deram suas vidas.
José António M. Patrocínio
Coordenador
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