Continuam os conflitos de terras na nossa província.
Depois dos enormes conflitos provocados com a expropriação de terras na zona da
Cabaia, volta-se a ver os mesmos conflitos um pouco por toda a parte.
Há tempos vimos acompanhando os conflitos na área do Luongo,
na zona da pedreira, município da Catumbela. Agora acompanhamos os conflitos na
zona da Praia Bebé.
Estes terrenos pertenciam à então açucareira do
Cassequel. Terrenos agrícolas. Com o encerramento da referida empresa, a
direcção disponibilizou talhões para os trabalhadores que ficaram sem emprego e
para outras pessoas.
O interesse do investimento imobiliário tem vindo a
transformar terrenos agrícolas em terrenos improdutivos para a construção de infra-estruturas
habitacionais, de comércio e hotelaria e mesmo armazéns e pequena indústria.
Deve ser política do Estado a protecção sem reserva de
todas as áreas potencialmente agrícolas e apenas disponibilizadas para outros
fins, terras improdutivas. Infelizmente, não se tem respeitado tal princípio
ético e estratégico.
Para além de se perderem definitivamente tantos e tantos
hectares de terras aráveis, atira-se ainda mais para a pobreza milhares e
milhares de pessoas. Por outro lado, atira-se para a morte, pessoas que desde
sempre tiveram a sua vida ligada à terra.
A OMUNGA apela às autoridades para que se tome a devida
atenção em relação a estes processos de expropriação de terras.
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