Atendendo à importância do assunto, transcrevemos o texto recebido a 14 de Maio de 2010 de Felizardo Ortegas Manuel Epalanga (felizardoo@osisa.org)
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ONG ALEMÃ CRITICA ENTRADA DE ANGOLA
NO CONSELHO DE DIREITOS HUMANOS DA ONU
A entrada de Angola no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas está a ser questionada por várias organizações não-governamentais internacionais.
A ONG alemã “Sociedade para os povos ameaçados” critica a eleição do país, devido a forma como tem lidado com a situação de Cabinda.
“Há muito que acompanhamos a situação dos direitos humanos no enclave de Cabinda. Houve aquele terrível atentado durante a Taça das Nações Africanas que demonstrou ao mundo que não há paz em Cabinda” – disse Ulrich Delius, representante da organização alemã.
“Precisamos de paz para Cabinda, de respeito pelos direitos humanos e de uma justa distribuição dos lucros das vendas de petróleo. Cabinda é responsável pela metade da produção de petróleo em Angola, mas os benefícios da venda não chegam a população” – acrescenta.
Catorze países entraram esta quinta-feira para o Conselho, mas, segundo os defensores dos direitos humanos, metade dos novos membros violam esses mesmos direitos, entre os quais a Líbia, Malásia, Uganda e Tailândia.
“Na Líbia temos o problema do racismo crescente. Entre a opinião pública líbia aumentou a xenofobia contra africanos negros. Houve vários ataques e, estes chegaram também aos órgãos estatais.” – indica o comunicado.
“Recebemos queixas de cidadãos do Níger, Mali e de outros países. Algumas dessas pessoas que foram expulsas contaram que foram torturadas nas cadeias líbias” – conclui o documento.
O Conselho é o principal órgão das Nações Unidas em matérias de Direitos Humanos e tem a sua sede em Genebra, Suiça. Criado em 2006, no âmbito das reformas da ONU, conta actualmente com 47 estados membros eleitos por maioria absoluta para um período de três anos.
A ONG alemã “Sociedade para os povos ameaçados” critica a eleição do país, devido a forma como tem lidado com a situação de Cabinda.
“Há muito que acompanhamos a situação dos direitos humanos no enclave de Cabinda. Houve aquele terrível atentado durante a Taça das Nações Africanas que demonstrou ao mundo que não há paz em Cabinda” – disse Ulrich Delius, representante da organização alemã.
“Precisamos de paz para Cabinda, de respeito pelos direitos humanos e de uma justa distribuição dos lucros das vendas de petróleo. Cabinda é responsável pela metade da produção de petróleo em Angola, mas os benefícios da venda não chegam a população” – acrescenta.
Catorze países entraram esta quinta-feira para o Conselho, mas, segundo os defensores dos direitos humanos, metade dos novos membros violam esses mesmos direitos, entre os quais a Líbia, Malásia, Uganda e Tailândia.
“Na Líbia temos o problema do racismo crescente. Entre a opinião pública líbia aumentou a xenofobia contra africanos negros. Houve vários ataques e, estes chegaram também aos órgãos estatais.” – indica o comunicado.
“Recebemos queixas de cidadãos do Níger, Mali e de outros países. Algumas dessas pessoas que foram expulsas contaram que foram torturadas nas cadeias líbias” – conclui o documento.
O Conselho é o principal órgão das Nações Unidas em matérias de Direitos Humanos e tem a sua sede em Genebra, Suiça. Criado em 2006, no âmbito das reformas da ONU, conta actualmente com 47 estados membros eleitos por maioria absoluta para um período de três anos.
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