22/03/2010

FERNANDO PACHECO ESCREVE AO GOVERNADOR DE BENGUELA E LUISETE ARAÚJO ADERE À MARCHA

Luisete Araújo, candidata independente às eleições presidenciais, adere à marcha contra as demolições e desalojamentos forçados "NÃO PARTAM A MINHA CASA" que vai realizar-se a 25 de Março de 2010 em Benguela.

O movimento de adesão à marcha de 25 e de solidariedade para com as vítimas das demolições e desalojamentos forçados, vem aumentando, enquanto se espera pela decisão do tribunal provincial de Benguela em relação à queixa apresentada pela OMUNGA contra a recomendação do governador provincial para que a mesma não seja realizada.

Atendendo à importância do assunto, transcrevemos a carta que Fernando Pacheco, presidente da mesa da assembleia geral da ADRA e coordenador do OPSA, dirigiu hoje ao governador provincial de Benguela.

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Exmo. Sr.
General Armando da Cruz Neto
Governador da Província de Benguela

Benguela

Excelência

Desde que nos conhecemos desde os anos 70 uniu-nos o desejo de lutarmos pela independência da nossa querida Pátria e o bem-estar das populações que mais sofreram com o colonialismo. Estou seguro que esse sentimento continua vivo.
Na minha condição de cidadão estou muito preocupado com as demolições que vêm acontecendo no país de casas de pessoas modestas que ficam ao relento com crianças, mulheres e velhos ao sol e à chuva. Sei que tem havido violações à lei no que respeita a construções clandestinas, mas, Excelência, sabemos ambos que desrespeitos à lei têm acontecido por parte de muita gente, sem que sobre elas se abatam consequências como esta. O que se pretende, não é que a lei fique por cumprir, mas simplesmente que (i) haja diálogo com as populações e (ii) se criem condições prévias de alojamento antes das demolições. Desse modo, as coisas correrão melhor e todos ganharemos. Não será por atrasar seis meses que o processo descarrilará, e o Estado também tem que medir as suas responsabilidades porque deixou a ilegalidade crescer impune durante muitos anos sem nada fazer.
Que a situação é complexa demonstram os factos do Lubango, onde há uma clara divergência entre o Governador e vários dos seus colaboradores, como ficou claro na entrevista do responsável máximo da província ao Novo Jornal de 19/03/2010 e em entrevistas do 1.º Secretário do MPLA em exercício.
Com esta carta peço, em meu nome pessoal, que não engaja os organismos aos quais ligado, ao Sr. Governador que não só encare este assunto de acordo às minhas sugestões, mas também não proiba a marcha prevista para o dia 25 de Março onde as pessoas pretendem apenas que não se destrua as suas casas sem uma solução justa, dois aspectos que estão contemplados na nova Constituição que, como disse Sua Excelência o Presidente da República, deve ser cumprida por todos nesta fase do nosso país.
Luanda, 22 de Março de 2010
Fernando Pacheco
Presidente da Mesa da Assembleia Geral da ADRA
Coordenador do Observatório Político-Social Angolano

2 comentários:

ZC disse...

Os nossos mgovernantes estão a empurrar o país para o abismo. A sua obcessão pela asfixia dos direitos democráticos (que para eles são meramente "decoração legislativa" e não devem ser aplicados ou cobrados) está a inflamar o paciente povo angolano que está a beira do limite.

Meus senhores, atendento à idade da liderança do MPLA que mais cedo do que tarde terá que deixar o poder, este é o momento de se procederem reformas que garantam o futuro do país reforçando instituições e diminuindo a influência dos indivíduos sobre a sociedade.

Mais ganha o país se a Presidência da República vier a frente do Presidente da República ou se o Governo Provincial for mais poderoso que o Governador Provincial, as leis devem sobrepôr-se aos indivíduos nunca o contrário sob pena do país se tornar ingovernável quando os substituos da actual nomenclatura se fizerem ao poder.

Anónimo disse...

Angola é uma Republica prostetuta. Onde a politica não é coerente, clara, objectiva e participativa, mas sim manipulações, intrigas, falsidade, terror e irresponsabilidade. A nossa historia recente daria grandes conquistas e oportunidade de desenhar o paìs, na pagina das grandes nações, onde a Democracia, o directo, a justiça, a critìca e auto-avaliação, liberdade, transparencia, o pluralismo de idea, o desenvolvimento colectivo, oportunidade imparcial estaria acente e presente no cotidiano dos cidadãos.
Teriamos um paìs normal, onde o Presidente da Republica e as instituições do Estado, teriam o cidadão como o centro das atenções e intenções. JSE esta a passar o pior periodo da sua governação e implantou uma governação fêticia, refêm as suas ambições e oportunismo. Os 7 anos de paz e do endinhariamento (sabotagem do dinheiro do publico) tornou a sua figura num sumbi trumentador e arrepiante para os cidadão comum. O presidente da medo, o que não deveria!
Criou um regime de Clientelismo, Nepotismo, Bajulação, Caudalhismo, Maquiavelismo, Compadrismo, destruindo toda e uma historia, carisma e carinho que semeou com suor e compêtencia ao longo dos 23 anos de guerra. JSE esta falhar muito!! Jà não bate 100!!
Transformou a classe acadêmica em marienetes serviçaìs, sem reflexos nem prudência intelectual ou equibrio emocional e vagueiam imbecilmente na bajulação e lambebotismo a troco de bifes & mayonesses.
Sobre a carta da UNITA ao Tribunal!!!
O tribunal não dirà nada afavor da verdade nem da legalidade, alìas anos atraz defendeu que o Presidente teria de concorrer as eleições, por que no ponto de vista juridico, nada o impedia, pôs o mesmo nunca tomou posse e que estava em fase transitorio. Agora pergunto: Um Presidente em transição pode condicionar ou impedir eleições a cadeira transitoria? Sò em Angola.
MPLA esta decepcionar. Um Partido de pendor comunista, não demôli residências de cidadão, para lhes deixar ao ar livre. Nunca. Vamos repensar o paìs. Angola ainda pode mudar para melhor. Faz parte deste colossal a favor de angola e de Angolanos. Ame Angola acima de qualquer interesse. Viva Angola e viva os Angolanos.