24/06/2010

QUANDO ANGOLA FOI REELEITA PARA O CONSELHO DE DIREITOS HUMANOS DA ONU: Entrevista de Ismael Martins


ENTREVISTA DA RÁDIO ONU AO EMBAIXADOR DE ANGOLA JUNTO ÀS NAÇÕES UNIDAS

A Rádio ONU está a entrevistar o embaixador de Angola junto às Nações Unidas, Ismael Martins,
Sr. Embaixador, Angola acaba de ser eleito para o Conselho de Direitos Humanos da ONU com 170 votos, qual a sua reacção?


Ismael Martins: A minha reacção é positiva, é uma reacção em que podemos dizer satisfeitos por este resultado. Um escrutínio que, como se diz, é renhido. Um escrutínio em que todos os Estados olham para a performance de cada um, uma espécie de per review, e eu penso que pelo facto de termos sido eleitos e do grupo africano sermos o país mais votado, a nós satisfaz.


R.ONU: Sr. Embaixador quais serão as prioridades de Angola no Conselho de Direitos Humanos?
I.M: Olha, a nossa prioridade é continuar a lutar no sentido de que haja mais respeito aos Direitos Humanos, não só em África, mas no mundo. Nós pensamos que é um objectivo que deve ser de todos nós porque de facto é preciso melhorar a condição de direitos humanos a nível internacional. Nós pensamos que devemos ser parte desta luta, mas começando connosco próprio. Vamos fazer com que nós próprios em Angola, possamos melhorar, não pra ser exemplar mas pra ser um país que preza e que respeita os Direitos Humanos, primeiro no seu próprio povo e com isto, naturalmente, transmitir uma imagem positiva pró resto do mundo.


R.ONU: Era isto que eu lhe ia perguntar porque Angola foi muito criticada no passado por causa da sua actuação na área dos Direitos Humanos. Qual é a situação neste momento, será que houve melhorias?
I.M: Tem havido melhorias. Direitos Humanos, naturalmente, é uma situação evolutiva. Mas eu direi, olhando para o passado recente e não, digamos, olhar para o passado longínquo, nós temos vindo de facto a melhorar a nossa ... (imperceptível). Eu penso que nós temos que olhar para o passado, ver que erros terão sido cometidos, o que é que nós precisamos de melhorar e nós prórpios pautarmo-nos por uma conduta que vise melhorar os Direitos Humanos. Primeiro da nossa população e podemos com o resto do mundo trocar experiências, aprender com os outros e fazer com que as nossas próprias experiências possam ser vistas como positivas para o resto do mundo.


R.ONU: Como última pergunta, Sr. Embaixador, será que esta eleição vai aumentar o prestígio de Angola na arena diplomática internacional?
I.M: Eu julgo que sim. O facto de termos sido o país que mereceu o maior número de votos ao nível do continente africano é algo que deve ser tido, é uma referência. Portanto, uma referência positiva que só pode servir para melhorar o respeito que se tem por Angola a nível internacional.


A Rádio ONU entrevistou o Embaixador de Angola junto às Nações Unidas, Ismael Martins, após a eleição do país para o Conselhod e Direitos Humanos.

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